Posted on Leave a comment

Férias com muita energia

shutterstock_208962949 (1)

São férias, mas não exatamente para relaxar e ficar fazendo nada. A ideia é justamente o contrário, estar ativo da hora que se acorda até a hora que se vai pra cama.

Trata-se de um conceito que escolas de educação física na Dinamarca introduziram em seu programa de cursos há vários anos visando famílias. Durante o mês de julho, quando é verão no hemisfério norte e os alunos regulares estão de férias, as escolas oferecem pacotes de uma semana, incluindo alojamento, refeições e muitas atividades físicas e recreativas, com opções para pessoas de todas as idades; do netinho até os avós.

A tradição das escolas de educação física, chamadas idrætshøjskole, comecou nos anos 1920 na Dinamarca. Não fazem parte do currículo escolar oficial, mas muitos jovens optam por frequentar essas escolas por períodos de 4, 6 ou 10 meses depois que terminam o ensino médio e antes de ingressarem na universidade.

E não se trata somente de atividade física; os cursos também enfatizam muito o companheirismo e o trabalho em equipe. Assim, quando oferecem os programas para famílias (familiehøjskole), a coisa não é muito diferente. O objetivo de muitas atividades é fazer com que as pessoas se conheçam, façam amizades, descubram interesses em comum e realizem tarefas em conjunto.

Cada programa começa num domingo  à tarde e termina no sábado seguinte. A capacidade é de aproximadamente 150 pessoas por programa. Toda noite após o jantar, são anunciadas as atividades do dia seguinte para adultos e crianças. As crianças são agrupadas por idade, enquanto adultos podem escolher entre diferentes modalidades, como ginástica rítmica e acrobática, escalada, parkour, cross fit, hip hop, ioga, ciclismo, caminhada, pilates, volley, futebol, etc.

Muitas das pessoas que compram esse pacote de férias já praticam alguma atividade física regularmente; outras vão para justamente dar o pontapé inicial e encontrar motivação para continuar se movimentando depois das férias, mas há também uma pequena parcela que acaba praticando em uma semana  todo o esporte que não praticou no ano inteiro.  Para estes, o importante é começar com algo leve. Fazer cross fit, por exemplo, já no primeiro dia, vai  te deixar dolorido para o resto da semana. Experiência própria!

O dia sempre começa com um canto matinal às 9h, logo após o café da manhã, no salão nobre da escola. Cantar é uma tradição na Dinamarca, principalmente em escolas. Após duas ou três canções e algumas informações práticas, cada um sai para o seu destino esportivo  matutino, que dura  uma hora e meia. Entre 11h e 12h, adultos e crianças podem usar as piscinas interna  e externa da escola ou a sala de ginástica acrobática.  Após o almoço, entre 13 e 14h30, há uma pausa, e cada um pode fazer o que quiser . Alguns vão para seus quartos descansar, outros para a sala de leitura e jogos de mesa (nada de eletrônicos!), e outros ainda têm energia para continuar fazendo alguma atividade física. Eu e meu marido às vezes jogávamos beach volley com outros amigos na hora da pausa. Parece exagero, mas depois de uns dois dias nesse ritmo, parece que a gente fica cheia de energia e que o corpo pede para continuar se movimentando.

A partir das 14h30 mais atividades; agora juntando adultos e crianças em brincadeiras tipo gincanas, competições, caça ao tesouro, etc.

Final da tarde, mais piscina. Depois do jantar,  algo mais leve para os adultos, como assistir uma palestra, um filme, ou ouvir um trio de jazz saboreando um bom vinho. O legal de tanta atividade física é que depois as pessoas sentem menos culpa ao saborear uma boa comida, sobremesa, bebida…  Enquanto isso, as crianças continuam brincando nas dependências e espaços verdes da escola, aproveitando os dias longos com luz até quase às 23h.

O pacote ainda inclui uma pequena excursão no meio da semana para algum lugar bonito nas proximidades da escola, como uma praia ou um parque natural.

No final do programa, os participantes já estão tão entrosados entre si e com os instrutores, que são normalmente alunos ou ex-alunos das escolas , que torna difícil a despedida. Durante o último canto matinal, com os agradecimentos e as fotos mostradas em telão não há quem consiga conter uma lagriminha que insiste em escorrer .

Não é à toa que muitas famílias voltam no ano seguinte, e continuam participando por vários anos. Muitos ficam amigos e já combinam de se encontrar de novo no próximo ano. Eu e minha família (marido e dois filhos ) já participamos quatro vezes, em duas escolas diferentes.

Não sei se existe algo parecido no Brasil. Poderia-se comparar um pouco com férias em um hotel tipo resort, mas o padrão de luxo das escolas de educação física da Dinamarca é bem mais simples, embora seja tudo muito bem organizado e profissional. A diferença principal está no enfoque mais acentuado na atividades físicas e principalmente no espírito de conjunto que se cultiva e que muitas vezes acaba criando laços de amizade para o resto da vida.

Por enquanto, os programas para famílias são oferecidos apenas em língua local; já os programas regulares recebem também alunos de outros países.

Para saber mais sobre as escolas, visite o site de algumas delas:

https://www.oure.dk/in-english

https://www.ollerup.dk/?id=57

https://giv.dk/english

mirian 2

Miriam Moraes Bengtsson – É formada em Comunicação Social/Publicidade e Propaganda pela PUCCAMP e possui mestrado em Comunicação e Inglês pela Universidade de Roskilde, na Dinamarca. Desde 1992, atua nas áreas de marketing e comunicação. Natural de Garca, SP, vive atualmente em Copenhague, Dinamarca, com marido e dois filhos, e trabalha com comunicação digital e branding em empresa da área farmacêutica. Em seu tempo livre, gosta de praticar esportes, viajar e estar com família e amigos. Contribui para o Belas Urbanas com suas experiências de viagem.

 

Posted on Leave a comment

CONVERSA DEFINITIVA

shutterstock_8176741 Conversa definitiva

Oi, tudo bem com você?

(silêncio)

Acho que sim, não dizem que quem cala consente? Então entendo que tá tudo bem.

Voltando àquele assunto de ontem, eu já disse que essa textura me arranha, eu sei que você vai dizer que eu já disse isso, mas você ainda não fez nada, continua tudo igual, foi por isso que voltei no assunto e quero saber se você pensou, se refletiu, se pode mudar… sei lá, poxa, me fale alto.

(silêncio).

Continua sem dizer nada, imóvel, podia pelo menos argumentar, discordar que fosse, dizer qualquer coisa, mas não, fica aí com essa cara.

Não adianta, assim vai rachar, não vale ter somente cimentos e tijolos, no meu corpo tem sangue que corre nas veias, meu coração acelera, minha voz embarga, berro, falo baixo também, mas não deixo os anos me endurecerem como você.

Porra, fala alguma coisa… NADA, sempre NADA.

Imóvel, é assim que sempre fica, que é.

Continua aí com essa textura ridícula. Me agride, é fato, mas é fato também que te agride mais, um dia talvez você compreenda, mas pode ser tarde demais.

Acho que não irá compreender nunca, é mais seu estilo. Não vai falar nada?

(silêncio)

É, tô vendo que não tem conversa mesmo, é melhor eu seguir meu rumo, mas eu gostaria de dizer só mais uma coisinha.

Essa cor de gelo é deprimente, não lhe cai bem, não é atraente, sempre achei tão difícil te dizer isso, mas agora é hora, pelo menos você fica com a verdade.

Sim, essa é a minha verdade, o meu ponto de vista. Faça o que quiser com a informação, mas, se bem te conheço e acho que sim, nada fará com essa informação, continuará cor de gelo, que saudades tenho quando era amarelo vibrante.

Adeus.

Depois dessa conversa eu vou, alguém já tinha me dito que parede não responde e que também não corresponde.

10959308_10203700598545176_5268303932415920241_n Dri perfil

Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde é a responsável pela autoria de todas as histórias do projeto. Publicitária, empresária, poeta e contadora de histórias. Divide seu tempo entre sua agência Modo Comunicação e Marketing www.modo.com.br, suas poesias, histórias e as diversas funções que toda mãe tem com seus filhos. Adora boas conversas 🙂

 

Posted on Leave a comment

Ter menos para ser mais

10731172_10205233808230137_5882175448225177594_n imagem post renata

Um dia eu escolhi ter menos pra ser mais. 
Não foi por brilhantismo, muito menos foi resultado de qualquer exercício de abnegação, foi fruto da necessidade.

Numa análise simples eu sempre convivi com essa escolha. Sempre tive menos coisas e mais tempo… Tempo pra ouvir, tempo pra observar, tempo pra aprender, tempo pra sentir, tempo pra fazer… Tempo pra SER.

Me assusta bastante, a constante necessidade das pessoas, por ter. Ter pra elas tem a mesma valia de ser. Parece que o indivíduo se transporta pro objeto e se realiza nele. Transfere a responsabilidade do ser para um pedaço de alguma coisa que sintetiza desejos e eclipsa características. 
Daí a pessoa sente uma satisfação momentânea por ter aquilo que tanto desejava… Esquecendo-se de SER de novo.

A minha experiência de vida já me tirou muitas coisas que tive. Dinheiro, empregos, carros, computadores, óculos caros, jóias, pai, mãe, “amigo”, amores…. Todas findaram na dor da perda, aquela profunda e inconformada.

Mas a cada situação de perda eu tive o ganhos enormes e aprendi a priorizar o necessário. Escolhi a qualidade à quantidade, poupei meu esforço e enxerguei a pureza das essências, apurei meu foco e me enriqueci de experiências verdadeiras… Aprendi a ser independente por saber fazer o que é preciso e não o que os outros acham que deveria ser feito.

Se isso é certo eu não sei, mas eu vivo muito melhor hoje do que quando buscava TER. Porque eu ainda tenho tudo que eu preciso mas o que me faz feliz é gostar de SER o que eu sou.

10958210_10205888085426658_4684666609892689174_n - Renata Lavras Maruca

Renata Lavras Maruca – Mulher, mãe, publicitária e cronistas nas horas de desespero. Especialista em marketing de conteúdo digital. Observadora do universo humano e suas correlações” intermundos”(reais e virtuais). Viciada em doces, gordinha por opção e encantada pela sedução inteligente. Prefere sempre vestir em palavras escritas tudo aquilo que reflete ou carece de análise. Resumindo: Complicada e perfeitinha
 
Posted on Leave a comment

Mulher de sorte

Acho mesmo que sou uma mulher de sorte.

Recentemente postei aqui, no Belas Urbanas, um texto que falava sobre minha primeira experiência num hostel em São Paulo. Com ele todinho construído na minha cabeça já ia pensando também nas imagens. “Neste trecho ponho aquela determinada foto, neste aqui uma colagem”, pensei, e assim fui indo.

Quando terminei de fazer a última colagem de fotos, em que eu mostrava como era o meu quarto no hostel, meu coração me mandou para outro lugar. E me lembrei do apartamento que eu dividia com amigas na época da faculdade.

Citei duas delas, mas na verdade foram algumas outras. Passaram por lá, entre outras, a jornalista Marcia Avruch, a superpublicitária Eliane El Badouy e a dentista Nelyane Cunha.

Com as duas primeiras mantive, mesmo que a distância e por Facebook, um certo contato. Mas confesso que da Nelyane não conseguia nem lembrar do sobrenome.

E foi depois do texto postado que começamos a relembrar algumas histórias. As mais engraçadas sempre foram com a Nelyane, mas por onde andaria essa mulher? Procura daqui, procura dali e pimba: o Facebook me mostra o perfil de Nelyane Cunha, da cidade de Cosmorama! Me desculpem, Nelyane Cunha de Cosmorama (assim mesmo parecendo um sobrenome completo) só uma. Ela sempre foi única mesmo!

Mas as surpresas não pararam por aí. Vi que ela estava casada, com duas filhinhas lindas e morando em… São José dos Campos. A cidade em que vive também a minha filha. Mais que rapidamente combinamos um encontro e ele aconteceu no sábado de Carnaval.

Mesmo sendo um encontro rápido, percebi que ninguém NUNCA NESSA VIDA muda! Ela continua a mesma. Linda, de riso fácil, com jeitão meio atrapalhado e dona de algumas loucuras que insistem em não largar da sua personalidade. Como assim, Carla? Nelyane Cunha e sua filha menor conseguem ter como ter um galho (sim, um galho de árvore) como membro da família. Aneliza, o galho, inclusive também se enfeitou e participou do Natal! Mas como os assuntos eram tantos, num próximo encontro eu juro que vou descobrir essa história melhor para contar para todo mundo com riqueza de detalhes.

É essa a essência da Nelyane, mas nesse dia também conheci uma outra mulher. Uma mãe dedicada, uma profissional que conta histórias para seus pacientes enquanto trata um canal, mulher paciente de homem fantástico que se atrapalha todo com fios e cabos de celular, tablets, brinquedos. Tudo junto e misturado.

Amei cada segundo desse encontro e ele aconteceu graças a um texto publicado aqui, no Belas Urbanas. Agora vou virar freguesa, se preparem. Quem sabe eu não consigo achar mais amigos por aí?

carla

Carla Bravo – Jornalista, atriz, apresentadora, locutora, dubladora, roteirista, mestre de cerimônias, assessora de imprensa e tudo mais o que uma comunicadora sabe ser. Ah, otimista sempre. E sonhadora. 
 
Posted on 15 Comments

O QUINTAL LÁ DE CASA

11001506_775657959148472_26618278_o - quintal de casa

O quintal lá de casa é assim um pouco igual ao quintal da minha infância e um tanto diferente de tudo. Tem um portão de madeira sem trinco e um muro azul bem baixinho que divide a minha casa com rua, tem um monte de árvore com fruta, tem fogão à lenha, tem grama, tem terra, tem pé no chão, tartaruga, pato, bolo quentinho no fim da tarde. Tem casa amarela toda caiada e uma cadeira de balanço na varanda. Tem jardim com flores e tudo que cabe na memória. Tem areia e tem água salgada. Tem vista para o mar. O quintal lá de casa só existe e faz tudo existir porque tem vista para o mar.

Lá no quintal de casa tem maresia que dilata os poros da alma. Tem pai, filha e filho descobrindo uma nova vida. Tem tatuíra, pés entrelaçados na areia, sorvete que escorre pelas mãos e lambuza tudo, milhares de idas ao mar pegar água com baldinho furado. Tem água viva, cabelo cheio de areia, água de coco. Tem alegria, birra de criança, ternura, castelo de areia. Tem olho no olho, emoção, tem paz e três pares de chinelos embaraçados embaixo do guarda-sol.

O quintal de casa, esse que é real e que tem dado mais vida a uma nova vida não fica em casa, fica logo ali e fica dentro de mim. O outro quintal, o do portão, das arvores com frutas e do jardim com flor também. Mas só brincamos nele depois de nos fundirmos nesse quintal de casa que tem vista pro mar. Deitados na cama, tem sempre uma história antes de dormir. Histórias do quintal da memória.

Quintal da memória, quintal com vista para o mar. Na cama, pai, filha e filho abraçados não resistem à sensação e deixam se seduzir pelo peso das pálpebras quentinhas. Antes de me entregar, no silêncio da noite, escuto o barulho do mar. A respiração do meu filho sopra tranquila sobre meu peito. A mão sonolenta da minha filha passeia leve sobre meu rosto. Aperto os dois junto a mim e meus olhos quase se afogam antes de transbordar.

O quintal lá de casa tem memória e é um pouco igual ao quintal da minha infância. O quintal lá de casa é acontecimento puro. Tem poesia. Tem amor com vista pro mar.

11002019_775657909148477_873631784_o - Gil Guzzo

Gil Guzzo – é autor, ator e diretor. Em teatro, participou de diversos festivais, entre eles, o Theater der Welt na Alemanha. Como diretor, foi premiado com o espetáculo Viandeiros, no 7º Fetacam. Vencedor do prêmio para produção de curta metragem do edital da Cinemateca Catarinene, por dois anos consecutivos (2011 e 2012), com os filmes Água Mornas e Taí…ó. Uma aventura na Lagoa, respectivamente. Em 15 anos como profissional, atuou em 16 peças, 3 longas-metragens, 6 novelas e mais de 70 filmes publicitários. Em 2014 finalizou seu quinto texto teatral e o primeiro livro de contos. É fundador e diretor artístico do Teatro do Desequilíbrio – Núcleo de Pesquisa e Produção Teatral Contemporânea e é Coordenador de Produção Cultural e Design do Senac Santa Catarina. E o melhor de tudo: é o pai da Bia e do Antônio.
 
Posted on 4 Comments

TPM? Só que não.

shutterstock_158427539 (1) foto 2 Belas TPM

Não sei se são os hormônios, mas o fato é que alguns dias estamos mais sensíveis. Nunca me guiei pelos hormônios, sempre me pareceu uma bobagem essa tal de TPM, acho que sempre estou tão ocupada com tantas outras coisas que nunca pensei  muito nisso, nunca dei importância. Sempre achei tudo uma grande bobagem, algo que algumas mulheres falam para chamar a atenção, fazer graça ou dar desculpa por uma tarefa mal feita ou não feita.

Mas vamos lá, tem dias que sentimos algo indefinido, na verdade não é indefinido, só não consigo colocar em palavras, mas é como se o dia ficasse cinza, não é toda música que quero ouvir, quero nesses momentos, músicas fortes, mas não alegres, e isso de alguma forma torna esse sentimento maior, mais a flor da pele ou a saltar dos olhos.

Não precisa muito para saber se alguém está assim,  é só olhar nos olhos. Os olhos ficam diferentes, carentes, tristes. Passa,  o que é bom, porém, também é preciso às vezes ter esses sentimentos. De onde vem? Por quê? Não sei. Aceito senti-lo, querendo que vá embora, querendo que eu descubra o invisível. Contenho minha ansiedade com cordas imaginárias.

Tem sentimentos que fogem da explicação óbvia, mas são fortes que chegam a doer. Os ossos doem, o corpo pesa além do seu peso, é um estado de espera para o próximo choro, um estado de suspense, um choro que você não sabe do que é, porque quer chorar, só quer chorar, mas segura, segura, segura. Se olhar os olhos verá que o brilho é outro, o pedido de socorro está ali, mas nada concreto.

E eu que sou tão concreta tenho uma certa resistência a lidar com isso, mas percebo que é necessário aquietar a mente, não pensar em tudo de uma única vez, não querer atravessar todas as portas juntas, a vontade é de, mas não dá.

Talvez não seja só “frufru“ de mulherzinha, mas é difícil aceitar isso quando você é do signo de leão, responsável, irmã mais velha, com síndrome da mulher maravilha. Meus Deus queimaram os sutiãs e sobrou para nós, que além de continuarmos usando os tais, a maioria tem ferros, aperta, incomoda e muitas vezes machuca.

Então só por hoje, eu aceito que são os tais hormônios, que às vezes podemos sim estar “frufru”. Olhem bem, não é ser é estar. E só por hoje,  bye  bye mulher maravilha, hoje eu quero mesmo é ser a Pedrita. A arte salva e a imaginação também, então quem sabe nas cavernas, sem tanta interferência eu escute uma música dançante que eu tanto gosto e espere  para ver se no próximo mês esse sentimento vem também, se vier, eu me rendo e digo algo que nunca imaginei dizer:  é TPM, só que sim.

10959308_10203700598545176_5268303932415920241_n Dri perfil

Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde é a responsável pela autoria de todas as histórias do projeto. Publicitária, empresária, poeta e contadora de histórias. Divide seu tempo entre sua agência Modo Comunicação e Marketing www.modo.com.br, suas poesias, histórias e as diversas funções que toda mãe tem com seus filhos.

Posted on 13 Comments

BELAS URBANAS

SER OU NÃO SER?

É CLARO QUE SOU

No calor do dia

Na brisa da noite

No almoço do meio dia

No carro

Com os filhos

No trabalho

Com os pais

No almoço do domingo

De biquíni no clube

De chapéu na praia

Na balada

No jantar a dois

No meu aniversário

No seu aniversário

Com as amigas

Com os amigos

Triste

Feliz

Comendo pão na padaria

Tomando cafezinho

No escuro do cinema

No meio do quarto

Na sala

No verão

No chão

Na contramão

Quando choro

Suando a camisa

Deitada no sofá

Esperando

No parto

Na saída

Quando abraço

No expresso que passa

Eu me apresso

Me enxergo

Me expresso

Todo dia e cada dia de uma forma.

10959308_10203700598545176_5268303932415920241_n Dri perfil

Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde é a responsável pela autoria de todas as histórias do projeto. Publicitária, empresária, poeta e contadora de histórias. Divide seu tempo entre sua agência Modo Comunicação e Marketing www.modo.com.br, suas poesias, histórias e as diversas funções que toda mãe tem com seus filhos.

Posted on 1 Comment

Quem nunca? Que dê o primeiro like!

Estes dias estava eu na academia, divagando no meu momento esteira linda, quando me veio em mente: “meu, tem like que vale mais do que palavra”. Opssss, a luzinha amarela acendeu em cima da cuca. Certeza que ia ser sucesso a constatação. E não é que foi mesmo?!

Só uma observação desnecessária (sim, desnecessária, mas eu quero falar). Não me lembro se naquele dia eu havia recebido um desses likes premiados, brilhantes, de fazer os pezinhos de galinha aparecem em nosso rosto. Sabe bem? Sorrisão, entrega da idade… Pois bem, maldita memória. =(

O fato é que eu joguei a frase no meu Facebook e fui acompanhando os likes. Houve até quem comentasse – mesmo o like já valendo. Demais! E é sobre o desdobramento dessa máxima que eu vim falar hoje. Hora de fazer alongamento com o pescoço. Modo concordar. Pra baixo e pra cima. Vamos. Se não concordar, pescocinho pra um lado e pro outro. O importante é se exercitar!

Estou fitness, estou chata, estou me sentindo engajada demais. Preocupante!

Enfim, vamos combinar, faz muuuuuito sentido. Você posta uma foto e aquele seu paquerinha antigo, que hoje namora, dá um like. É o ápice do êxtase! Ele não precisou dizer nada – “tá linda, tá gata, eu pegava, uau, fiu fiu”. Nada. Ele apenas curtiu! E você? Sorriu, deu beijinho no ombro, piscou 10 mil vezes, arrumou o cabelo, olhou no espelho e pegou o celular. LARGA DELE, hein. O menino namora. Contente-se com o “like”.

Outro. Você posta foto com algum amigo e aquele seu paquerinha curte. Poooonto. Ele não precisou dizer “tô vendo, eu vi, quem é?”, ele apenas deu um clique e… entregou a mensagem com êxito. “Tá com ciuminho, tá com ciuminho…” =p

Vamos mudar de exemplo. Você postou uma indireta para aquela sua amiga chata que vive reclamando no Facebook. Ela foi lá e curtiu o post. Pronto, mordeu a isca, leu o recado. Precisou dizer algo?! Eu amo os “likes”. <3

Bom, não tem jeito. Tentei mudar o exemplo, mas os likes dos paquerinhas sempre são os melhores. E confesso, eu já dei like querendo dizer algo. Sim, o famoso “eu vi”. E também já deu “like” pra chamar atenção – “olha eu aqui, eu estou viva, me procura, me chama pra sair, diz que sou o que você sempre quis!” Existe uma música com esse final, né? Loucura, loucura loucura!

Quem nunca? Que dê o primeiro like, ali em cima! =p

Ah, os Likes… eles valem mais do que mil palavras!

mariane costa (2)

Mariane Costa – Jornalista por profissão, publicitária por paixão. Viciada em tecnologia, internet e relacionamentos (apesar de ser uma solteira invicta). Uma geminiana típica, que não consegue parar de estudar – já fez 2 MBAs e agora vai começar um curso de Chef de Confeitaria! Em poucas palavras: aquela que desabafa em caracteres.
Posted on Leave a comment

Movimento Gentileza Sim

Hoje em especial quero compartilhar um texto que escrevi há quase 01 ano para o site do “Movimento Gentileza Sim” fundado pela minha grande amiga Roberta Corsi. O convite e a reflexão que fiz naquele momento permanecem e por isso compartilho o mesmo na íntegra com vocês, segue:

“Gentileza gera gentileza” já dizia o poeta Gentileza. É isso mesmo, não tem segredo, o segredo é colocar isso em prática em situações adversas. Gentileza é sinônimo de delicadeza, amabilidade, educação. Quando recebi o convite para ser a primeira a escrever para esse blog, fui pega de surpresa em uma manhã no meu trabalho. O convite veio acompanhado por um delicioso bolo e um lindo cartão, que realmente me emocionou e trouxe um sabor especial aquele dia. Ah Roberta, (fundadora desse movimento), se o mundo tivesse mais Robertas, com certeza as pessoas nesse mundo seriam mais felizes, porque foi exatamente feliz e honrada que me senti naquele momento e também responsável com o que trazer de relevante sobre esse assunto para o blog.

Busquei no dicionário, li alguns artigos, observei as pessoas ao meu redor, fisicamente e virtualmente, mas acima de tudo observei a mim mesma, confesso que essa tarefa não foi tão fácil. Conclui algumas coisas, entre elas, que é fácil ser gentil em situações cotidianas de nossa vida, um “bom dia”, “obrigada”, “por favor”, são palavras fáceis de falar, basta antes de mais nada a tal da boa educação. Como é ruim encontrar logo pela manhã um mal educado que chega sem dar um “bom dia”, que nos encontra no elevador com cara fechada,  e como é agradável encontrar alguém que além de dar o “bom dia” nos recebe também com um sorriso aberto e verdadeiro. Atitudes simples assim fazem diferença, é mais do que educação, é beleza de alma, alegria e contagia de forma positiva quem está em volta.

Precisamos estar sempre bem para agirmos assim? Essa é uma ótima pergunta que também me fiz durante esses dias. Estar bem ajuda muito. Pessoas amargas  não conseguem compartilhar sorrisos, podem até ser educadas, mas não docemente gentis, ou seja, é necessário resolver as amarguras da alma. Com algumas pessoas somos facilmente gentis, gratas e amáveis, por exemplo: com o médico dos meus filhos que me acode incansavelmente em momentos de medo e dor, tenho consciência que ajo dessa forma, afinal ele que sempre me ajuda. Nessas últimas semanas lá estava eu novamente contando com a ajuda do “Salve Jorge” como espontaneamente meu filho Pedro apelidou-o o Dr. Jorge, quando novamente contamos com ele nessas últimas semanas. A grande questão é como ser gentil com pessoas que nos tratam mal, nos desagradam e agridem? Encontramos essas pessoas em vários lugares, nos simples acasos do trânsito, no convívio pessoal e profissional. Nesses casos o que fazer? Seria lindo ser gentil, conseguir superar a raiva da buzina insistente no trânsito sem  motivo; o chato familiar que insiste em fazer comentários deselegantes; o profissional sem ética que faz de tudo para se dar bem. Socorro! O que fazer nesses casos? Como ser gentil nesses momentos e com essas pessoas? Confesso que não encontrei a resposta, e que ainda não encontrei esse desprendimento de ser tão tranquila com essas situações e pessoas, então, enquanto não tenho a melhor ação para essa questão, faço um exercício, respiro fundo e tento o mais rápido possível me afastar, para não agredir também.

Agora tem ainda um terceiro momento que às vezes esqueço-me de ser gentil, não pela falta de amor com os que estão ao meu redor, mas a paciência some e a pressa maluca vem à tona, a culpa pode ser da correria do dia a dia,  essa urgência que temos para dar conta de tudo. Percebi que faço o urgente e não o importante, que deixo de lado as pequenas gentilezas com as pessoas que mais amo sem perceber. É tanta pressa que falta tempo para ser gentil? Essa é a questão? Não, isso não existe, ser gentil não toma tempo. Ser gentil é ser educado. Ser gentil é estar com o coração desarmado. Não basta ser gentil com só o “bom dia”, “obrigado” e “por favor”. É hora de ser gentil primeiramente com quem está próximo, o excesso de proximidade no cotidiano e urgência do dia a dia, nos faz muitas vezes esquecer das nobres regras de educação com essas pessoas. Proximidade não pode jamais ser sinônimo de descaso. Quer um mundo melhor? Quer esbarrar em pessoas mais gentis? Que tal começar dentro de casa? Exemplo começa em casa, no nosso núcleo familiar e faz a diferença em escala na sociedade.

Agradeço imensamente esse convite pois somente por isso, fiquei atenta a mim mesma e a minha volta de um modo que nunca antes tinha me atentado. Refleti muito e a grande conclusão é que tudo é muito simples, ou seja, ação e reação, boas ações geram boas reações, alegria contagia. Podemos compartilhar de forma generosa tantas coisas como boas atitudes, conhecimento e  carinho, tornando o nosso dia a dia mais leve e alegre e de alguma forma contribuindo para um bem estar coletivo do qual fazemos parte. Eu acredito que cada um é um pequeno pedaço que faz diferença nesse grande círculo que é a vida. Parece óbvio e simples demais, e quer saber um segredo? É mesmo. Vamos juntos? Vale muito a pena, gentileza SIM.

Finalizo com uma frase de Cora Coralina que diz “Não sei se a vida é curta ou longa para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas”.

Adriana Chebabi

Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde é a responsável pela autoria de todas as histórias do projeto. Publicitária, empresária, poeta e contadora de histórias. Divide seu tempo entre sua agência Modo Comunicação e Marketing www.modo.com.br, suas poesias, histórias e as diversas funções que toda mãe tem com seus filhos e apoiadora desde o início do Movimento Gentileza Sim www.movimentogentilezasim.com.br

Posted on 4 Comments

MÃE

Você pode não acreditar em Deus, mas tem que acreditar em mãe, se não existe um Deus com certeza existe uma mãe divina que abençoa e dá poder a todas as outras da terra.

Se liga na cena: você saindo de casa, lindo, leve e solto, se sentido o GATÃO! Porém, um inferno de 78° célsius lá fora, tá derretendo a porra da roda do carro, as pessoas escorregando no próprio suor, tu caminha esbelto e tranquilo para dar um “role”, sabe-se lá porque você vai querer sair de casa com um calor infernal desses, mas às vezes o dever te chama, um amigo com piscina te chama, ou na pior das hipóteses, sua idiotice te chama, porque tem gente que é idiota mesmo e gosta de sofrer e essa terceira opção é por incrível que pareça a mais comum de todas, as pessoas geralmente são BABACAS!

Enfim, o babaca tá lá saindo de casa com lava do inferno escorrendo na janela, passa pela Mamãe querida (que não é boba e não vai se arriscar naquele deserto do Saara) e nesse momento sublime que ela bate o olho em você de bermuda, havaianas, camiseta regata e seu boné John Jonh diz:
– Não vai levar uma blusa não, menino? Você olha pra ela e ri mais que aquelas crianças bobas de vídeo no Youtube e solta um:
– Cê tá locona ô?
Mentira. Você é um cara educado e diz:
– Tá maior calor, mãe! Que isso, vou assim mesmo.
Ela toda doce, te aconselha:
– Leva um casaquinho, meu filho. Não custa.
Você simplesmente a ignora e sai.

A sauna comunitária lá fora continua abundante e você sem se lembrar mais das abençoadas palavras da sua Mãe, a mulher que te colocou no mundo e sabe bem como as coisas são e sabe o poder divino que tem. Tudo correndo maravilhosamente bem e quente quando você chega num ponto qualquer do trajeto, algum lugar longe o suficiente para sofrer pra voltar, porém perto para chegar vivo de volta ao aconchego do lar, nesse ponto do caminho, você é “teletransportado” para o cu do Alasca! PÁ! Assim mesmo, de repente começa a fazer um frio do caralho, parece que tem um ar condicionado no seu rabo, chega a sair fumacinha da sua boca. Meu amigo, tem uma nevasca particular em cima da sua cabeça, você se arrepende já batendo os dentes e pensa “Devia ter trazido um casaquinho”, escorre uma lágrima pelo seu rosto, mas ela congela. Você não tem força pra ficar triste de tão frio que tá!

E saibam que o mesmo vale para a chuva. Cara, se sua mãe fala “Meu filho leva o guarda-chuva.”
Leva velho. Não importa se você mora na Palestina, no deserto do Saara, você pode tá morando no Cantareira, se sua mãe falar que vai chover, aluga um jet ski que vai transbordar aquela porra!

Aliás, deixo aqui esse recado ao Governo do Estado de São Paulo. Quer que chova naquele reservatório? Lava meu carro e me manda pra lá sem guarda-chuva, depois é só aguardar uma ligação da minha mãe…
É lavar meu carro, que Campinas vira uma cataratas do Iguaçu, eu imagino Deus me olhando lá de cima:
– Olha lá, Gabriel, vem ver, vem ver! O Lucas tá saindo pra lavar o carro hahahaha e o melhor, não tá levando guarda-chuva hahahaha. É hoje, é hoje! Avisa São Pedro que o hoje tem!

Sabe aquelas brincadeiras de mão que sua mãe sempre fala:
– ESSAS BRINCADEIRA DE MÃO NUNCA DÁ CERTO! EU JÁ FALEI! NÃO É A PRIMEIRA VEZ QUE EU TE FALO ISSO (chinelo na mão/chinelo cantando na sua bunda/chinelo na mão/chinelo cantando na sua bunda/chinelo na mão).
– VOCÊ VAI MACHUCAR SEU IRMÃO! VAI FURAR A PORRA DO OLHO DESSA CRIANÇA, AI EU QUERO VER, EU QUERO VER, O Q-U-E V-O-C-Ê V-A-I F-A-Z-E-R COM A PORRA DO OLHO DO SEU IRMÃO!
Agora ela vira para o seu irmão:
E VOCÊ! (Chinelo na mão/chinelo cantando na bunda do seu irmão/ chinelo na mão/chinelo cantando na bunda do seu irmão/chinelo na mão/chinelo cantando na bunda do seu irmão) VOCÊ MERECE FICAR CEGO MESMO, É UM IDIOTA DE FICAR INDO NA ONDA DO ANIMAL DO SEU IRMÃO MAIS VELHO! (é sempre o mais velho que dá as ideias).

Mano, as brincadeiras de mão sempre deram certo. Sempre. Você e seu irmão, tão lá fazendo malabares com facas Tramontina (#ad) pegando fogo e a porra toda, até vendas nos olhos vocês conseguiram trazer para o show, SEM UM ARRANHÃO SEQUER. Tá tudo lindo, vocês já pensam em seguir carreira no (leia com voz de locutor de circo italiano) Fantastico circo Dinapoli (pare de ler com voz de locutor de circo italiano).
Sua mãe passa de boas pelo quintal, como quem não quer nada, só pra ver se vocês estão vivos, pois o silêncio impera na casa num sábado a tarde de verão e isso não é plausível, muito menos aceitável. Já que ela sabe as crias que têm e também por conta do seu poder divino. Ela vem vindo e vê a cena em câmera lenta, naquele close de final de filme: Os dois pequenos demônios, jogando facas incendiárias ao ar, um de frente pro outro, numa troca frenética de movimentos, olhos vendados, sorrisos nos lábios, você narrando tudo com a sua voz de locutor de circo italiano e com todo desespero que só a paciência que uma mãe pode ter aquela senhora profere em um tom capaz de ser ouvido num raio de 7 km de distância. Neguinho tá achando que é trovão, mas não, é a senhora sua mãe gritando:

– PUTAQUEPARIU, MOLEQUE DOS INFERNOS, QUANTAS VEZES EU FALEI QUE ESSAS BRINCADEIRA DE MÃO NÃO DÁ CERTO! (Toda essa frase num milésimo de segundo).

Tempo suficiente esse para que uma faca escape de sua ginga acrobática e voe em direção ao olho direito de seu irmão mais novo. Mas com toda agilidade divina, sua mãe empurra seu irmão para o lado, pega uma almofada e joga embaixo dele antes que ele caia e segura a faca antes que seu irmão fique cego. Isso tudo com uma mão, porque a outra está cantando com o chinelo na sua bunda e a música que ele toca é mais ou menos assim:

– E-S-S-A-S B-R-I-N-C-A-D-E-I-R-A D-E M-Ã-O N-U-N-C-A D-Á C-E-R-T-O! EU JÁ FALEI, NÃO É A PRIMEIRA VEZ QUE EU TE FALO ISSO! Q-U-A-N-T-A-S V-E-Z-E-S E-U J-Á F-A-L-E-I?

IMG-20150123-WA0000 - Lucas

 

Lucas Alberti Amaral – nascido em novembro de 1987, vem há 27 anos distribuindo muito mau humor, tentando matar a fome e fazendo comentários desnecessários sobre tudo. Formado em Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda pela METROCAMP, trabalha na área há 5 anos, tem um blog onde espalha ideias e pensamentos materializados em textos curtos e tentativas de poesias, acesse e confira: https://quaseinedito.wordpress.com/. Concilia a dura missão de morar em Campinas – SP (cidade onde nasceu) e trabalhar em Barueri-SP, não acredita em horóscopo, mas é de Escorpião com ascendente em Sagitário e lua de Saturno em Leão e por fim odeia falar de si mesmo na terceira pessoa.​