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Projeto de assessoria financeira – depoimento da consultora 2

10425465_10206927660015373_3670511374470991544_n foto post Renata M

Começo esse texto com um pedido de desculpas. Sim, eu fiquei de escrever uma vez por semana para relatar os sentimentos sobre esse processo  de consultoria de assessoria financeira, mas não foi possível. Culpa minha? Não. E isso não é uma desculpa, talvez uma justificativa e olhem que não gosto de justificativas, evito-as dar e não gosto de recebê-las, mas de fato a culpa não é minha e explico.

A assessoria não pode ser dada, simplesmente porque minha cliente, muito ocupada, foi mudando as datas em uma sequencia de várias semanas e com isso perdemos mais de 04 semanas sem nenhum encontro. Como é minha amiga, a liberdade tem dois lados, o bom, que você pode não ter formalidades, e o ruim, que você também não prioriza por excesso de liberdade e consequentemente o projeto foi ficando. Na última sexta tivemos uma conversa séria a respeito e coloquei que nada vai mudar se ela não mudar e colocar esse projeto como uma das suas prioridades. Ela me pediu desculpas, não tenho nada para desculpar, afinal o objetivo é dela e não meu.

Nossa conversa foi muito boa, como somos amigas temos a tal liberdade, essa mesma liberdade foi fundamental para eu dizer o que penso e para dar uma “puxada de orelha” para que ela repense se de fato quer mudar algo. Qualquer mudança em nossas vidas primeiramente é determinada por nós mesmos e consequentemente com a mudança de nossos comportamentos, esse é o caminho.

Eu sei que muitos de você devem estar pensando que não é tão simples assim, porque existem imprevistos diversos, funções que nos ocupam muito tempo no dia a dia etc. Porém vou repetir aqui o que disse para ela. Eu disse que não era simples, aliás mudança não é simples, nenhuma delas, mas se é algo de fato é o que se quer, é necessário se comprometer consigo mesmo e colocar isso como uma das suas prioridades e  em ação no dia a dia. Não é necessário mudar totalmente sua rotina, mas é necessário disponibilizar um tempo para isso, pode ser 20 minutos por dia, ou pelo menos algum dia da semana para avaliar como foi a mesma e anotar todos os gastos, sem isso fica difícil mudar qualquer coisa.

Todas as mudanças exigem um mínimo de planejamento, quando falamos de uma situação financeira o planejamento não é tão mínimo assim. Bom, eu espero que o puxão de orelha tenha feito ela pensar. Vamos conversar novamente na sexta e vamos ver o que ela me dirá.

Para mim, a experiência de ser sua consultora tem sido válida, mesmo diante do não resultado dela, porque isso é uma forma de eu olhar também para meu lado financeiro pessoal, pois apesar de sempre saber lidar com as finanças, sempre fui impecável para a administração financeira das empresas, mas para a minha pessoal, estou meio relapsa nos últimos tempos e isso está trazendo de volta esse olhar para mim mesma e já tenho observados alguns pontos interessantes, mas essas lições eu conto outro dia.

12308453_10205306926782378_7964104893761853478_n foto Dri para perfil

Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde escreve contos, poesias e crônicas. Publicitária e empresária. Divide seu tempo entre suas agências Modo Comunicação e Marketing  www.modo.com.br e 3bis Promoções e Eventos www.3bis.com.br e as diversas funções que toda mulher contemporânea tem que conciliar, especialmente quando tem filhos. É do signo de Leão, ascendente em Virgem e no horóscopo chinês Macaco. Isso explica muita coisa :)

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Outubro Rosa

Fiz a mamografia e já senti que a médica ficou encafifada. Uma semana depois, recebo o laudo sugerindo uma mamotomia (que é um exame que parece uma punção). Fiz este também, com muito medo e ainda ouvindo da enfermeira insensível que seria muito difícil fazê-lo em mim porque eu tinha uma mama muito pequena. Até hoje sinto orgulho de mim por ter conseguido, naquele momento tão adverso responder ironicamente: “Sinto muito por ter mamas tão pequenas, eu te garanto que eu também adoraria que elas fossem maiores!!”
Quando recebi o laudo, mais um baque: “CARCINOMA DUCTAL IN SITU”.

Achei que aquilo era meu atestado de morte!! Senti muito medo, chorei muito, mas também fui valente o quanto pude. Tive todo apoio e amor que eu precisei. Ao levar o exame para a mastologista, ouvi que eu tinha dado uma sorte imensa, que era só retirar aquele pedaço da minha mama e que, caso não descobrissem mais nada no pós-operatório, eu “só” teria que fazer radioterapia e tomar um medicamento por 5 anos.

Naquela hora, tudo era assustador! Como assim retirar um pedaço da mama? Como assim radioterapia?? Como assim um remédio com mil efeitos colaterais por 5 anos? Hoje, consigo pensar que passei por tudo isso de uma forma tranquila. Operei na quinta e na segunda estava trabalhando como se nada tivesse acontecido. Fiz as 30 sessões de radioterapia e há 6 meses estou tomando o remédio que não me trouxe quase nenhum dos muitos efeitos colaterais ameaçados na bula. Agora estou em acompanhamento, fazendo os exames de rotina pra garantir que continuo bem!! O que eu consigo pensar de tudo isso é o seguinte: Não achei justo eu ter esta doença, mas seria justo com alguém?? Claro que não!! Agradeço todos os dias por ter descoberto tudo em momento tão precoce. É muito assustador passar por isso, mas hoje as possibilidades de cura são muito, muito grandes!!

O amor recebido nesta hora também faz toda a diferença!!

Por isso, meninas de 40, façam o exame, ele pode sim salvar sua vida!!

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Nadia Vilela – Bela Urbana, fonoaudióloga que fala pelos cotovelos, mas aprendeu também a ouvir!!! Mãe de dois adolescentes lindos por dentro e por fora. Tem sempre um sorriso sobrando no rosto e a certeza de que não veio pro mundo a passeio!

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A OPÇÃO É SUA!

 

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Mudanças acontecem na vida das pessoas. Muitas são procuradas, buscadas, desejadas, outras vem sem pedir licença e temos que nos adaptar, e um fato é certo: toda mudança gera estresse, estresse esse causado pela necessidade de adaptação a uma nova realidade.

Quer coisa melhor que um filho há muito desejado? Mas…. gera estresse. Tudo, absolutamente tudo, muda com esse acontecimento. E pra sempre! Horários, hábitos, sono, etc. É delicioso, mas a adaptação gera uma série de dificuldades.

E passamos por isso a vida toda e nos adaptamos sempre, desde as coisas mais simples até as mais impactantes. Todos nós invariavelmente passaremos por mudanças.

E aí vem o curioso… Tem gente que recomeça uma nova vida  com energia e disposição mesmo após mudanças radicais, como uma guerra, uma catástrofe e tem gente que reclama até da mudança do tempo!

A diferença entre essas pessoas é que enquanto umas escolhem se adaptar e voltarem a ser felizes o mais rápido possível, as outras… bem, preferem reclamar, porque a felicidade depende do clima, da vizinhança, do barulho, da estrada, enfim, do outro.

E é aí que eu quero chegar: A OPÇÃO É SUA!

Quer reclamar, reclame, mas a chuva não vai deixar de cair, o vento não vai parar de soprar, o vizinho continuará a tocar funk, a estrada continuará poeirenta. OK, vizinho tocando funk é forçar a amizade… tem que reclamar mesmo!

Mas… Eu escolho ser feliz. Me adaptar e seguir em frente. Minha primeira grande mudança foi aos 4 anos de idade e desde essa época, mudança é a única coisa constante na minha vida! Tão constante que muito tempo parada me faz buscar o que mudar!

Mesmo com 18 anos de empresa, dentro dela mudei de área tantas vezes que parece que foram empresas diferentes. E cada mudança dessas me traz novos desafios e principalmente, aprendizados! Adoro aprender coisas novas, então, a cada mudança, voluntária ou não, sempre busco nela o aprendizado que vai me trazer.

Eu opto por aprender! E você, o que a palavra mudança provoca em você?

Foto TOVE

Tove Dahlström – Belas Urbana, é mãe, avó, namorada, ex-mulher, ex-namorada, sogra, e administradora de empresas que atua como coordenadora de marketing numa empresa de embalagens. Finlandesa, morando no Brasil desde criança, é uma menina Dahlström… o que dispensa maiores explicações. Na profissão, tem paixão pelo mundo das embalagens e dos cosméticos, e além da curiosidade sobre mercado, tendencias de consumo, etc., enfrenta os desafios mais clichês do mundo corporativo, mas só quem está passando entende.

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NÃO PODE!

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Não pode ser gay, mas se for tem que ser discreto, se for só dentro do quarto.

Na rua não, mas se for, não pode andar de mão dada! Não pode ser preto, mas se for tem que ser pobre, não pode ser rico, mas se for, tem que ser jogador de futebol ou cantor de pagode. Mais que isso não pode!

Não pode ser mulher, mas se for tem que ser submissa, obedecer ao marido, se for mulher tem que apanhar calada. (Isso quieta e amargurada). Se não for assim, não pode!

Não pode ser gordo, mas se for tem que aceitar as piadas, se for tem que idolatrar gente magra.

Se não aguentar as “brincadeiras” ai é melhor emagrecer, se não… Não pode!

Mas e você?! Ah você pode, você pode tudo, é o dono do mundo, o pequeno príncipe! E quem contrariar vossa majestade é “héterofóbico”, pratica o racismo reverso, é “feminazi” ou não entendeu a piada!

Piada? Piada é a tua cara, tua fala, toda a tua laia, hipócrita e canalha que a tua máscara caia, que todos nós possamos olhar no espelho com orgulho de sermos nós mesmos. Sem precisar dar satisfação por conta do gênero, cor, peso ou da sexualidade.

Que sejamos do nosso jeito e livres de preconceitos, sem culpas, seja no corpo, na alma ou no coração!

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Lucas Alberti Amaral – Belo urbanonascido em 08/11/87, vem há 28 anos distribuindo muito mau humor e tentando matar a fome. Publicitário, trabalha na área há 7 anos, tem uma página onde espalha pensamentos materializados em textos curtos e tentativas de poesias www.facebook.com/quaseinedito (curte lá!). Não acredita em horóscopo, mas é de Escorpião, lua em Gêmeos com ascendente em Peixes e Netuno na casa 10. Por fim odeia falar de si mesmo na terceira pessoa.

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Depois daquele dia

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Dia azul. Acordou se olhou no espelho, com sono, preguiça, mas atrasada. Eu não tinha essa ruga aqui, pensou. Respirou fundo, jogou água gelada no rosto.

Dia cinza. Sim, o dia ficou cinza. Às 12h00 pontualmente hora de parar, para comer, tempo corrido, só uma hora. Se não bater o cartão na hora, perco meia hora. Menos meia hora por cinco minutos, não concordo com isso, pensou. Engoliu a comida junto com os outros.

Anoitecer frio. Vento, chuva fina, barulho na rua. Naquele terminal central, várias como ela. Ela olhava os rostos das outras, mais velhas, mais novas, moradoras de rua, trabalhadoras, crianças no colo, guardas municipais, seguranças disfarçadas, crentes, doentes, dormentes. Rugas em todas as testas…

Noite quente. No ônibus tirou da bolsa o batom vermelho. Minha boca é bonita, pensou. Olhou para as outras no ônibus. Lotado, apertado, fedido. Colocou seu batom vermelho. Olhou no espelhinho que tinha na bolsa, se sentiu bonita. A moça do lado a olhava, ela sorriu aquele sorriso cúmplice. Passou o batom para a outra, que por usa vez passou para a outra e assim por diante para todas as mulheres daquele ônibus.

Sem perceber formaram ali uma confraria e juntas se sentiram mais fortes. O batom vermelho, o escudo, a força, assim como Sansão com seus cabelos.

Cansadas, iguais, diferentes, mas depois daquele dia… os dias nunca mais foram tão iguais.

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Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde escreve contos, poesias e crônicas. Publicitária e empresária. Divide seu tempo entre suas agências Modo Comunicação e Marketing  www.modo.com.br e 3bis Promoções e Eventos www.3bis.com.br e as diversas funções que toda mulher contemporânea tem que conciliar, especialmente quando tem filhos. É do signo de Leão, ascendente em Virgem e no horóscopo chinês Macaco. Isso explica muita coisa :)

 

 

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E o que a vida me ensinou até agora?

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Aprendi que um sorriso faz milagres, além de te deixar mais bonita.

Descobri, a duras penas, que às vezes, desistir de um sonho não é fracasso e sim inteligência e auto-preservação…

Que quem a gente ama e nos ama de volta está sempre ali, por mais longe que esteja fisicamente.

Que chorar faz parte do processo, mas se afundar, não. Não pode.

Que cortar ou pintar o cabelo quando se está triste adianta, mas só na hora.

Que comer brigadeiro é a sempre melhor pedida: na tristeza e na alegria.

Que você pode não entender seus pais e certamente eles não vão te entender, mas eles podem ser sempre um “lugar para voltar”.

Que olhar para dentro é necessário, como é necessário mudar quando você já não se reconhece mais quando se olha.

Que relações – de qualquer tipo- são difíceis, mas podem ser prazerosas e construtivas.

Que fugir e se esconder não adianta, alguém ou o seu medo sempre te acha.

Que ter fé ajuda e liberta, independente do que você acredita.

Que uma ou várias taças de Chaddornay fazem toda a diferença.

E que não importa o que você faça, o dia vai nascer amanhã. E a responsabilidade é toda minha pelo o farei com ele…. e que ainda falta muuuuuito para eu aprender.

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Marina Prado – Bela Urbana, jornalista por formação, inquieta por natureza. 30 e poucos anos de risada e drama, como boa gemiana. Sobre ela só uma certeza: ou frio ou quente. Nunca morno!