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Febre amarela

O último boletim de Ministério da Saúde, publicado no dia 31 de março, confirmou 574 casos de febre amarela no Brasil (Rede de notícias).

O número de casos vem aumentando a cada dia. E o que tem sido feito para que essa situação não se agrave ainda mais?

Sem contar no grande número de animais (primatas) que estão morrendo nas matas brasileiras.  E, o que exatamente o Ministério de meio ambiente está fazendo para evitar que ocorra um “desastre ecológico”?

A cena parece se repetir há menos de um ano, com a Dengue, Zika e Chikungunya, onde inúmeros casos foram relatados em várias cidades brasileiras.

Importante entender as diferenças: Febre amarela silvestre x Urbana

Na verdade a doença é a mesma. O vírus que causa a febre amarela urbana ou a silvestre é exatamente o mesmo. Os sintomas, os sinais, e a evolução da doença no pacientes são exatamente iguais. A diferença entre uma e a outra está apenas nos mosquitos transmissores e na forma de contagio.

Ou seja, a febre amarela silvestre é transmitida por dois gêneros de mosquitos (Haemagogus e o Sabethes) que vivem nas matas e na beira dos rios. Enquanto a febre amarela urbana pode ser transmitida por um mosquito urbano, o Aedes aegypti. No entanto, a transmissão da doença nas zonas urbanas pelo Aedes só sai ocorrer na seguinte situação: Os mosquitos silvestres (Haemagogus e Sabethes) picam macacos contaminados e depois picam a pessoa transmitindo o vírus, deixando-a doente. Quando a mosquito urbano Aedes aegypti, pica essa pessoa doente e depois pica outra pessoa susceptível, acaba transmitindo o vírus e consequentemente a doença.

Como ocorre e que podemos fazer para evitar disseminação?

Por isso é importante que todas as pessoas em regiões de ocorrência de febre amarela silvestre sejam vacinadas, para evitar que o vírus se espalhe. Pois se uma pessoa contaminada vier para uma região urbana, na presença do mosquito Aedes, pode-se reiniciar o ciclo urbano da febre amarela.

E, lembrando que, esse mesmo mosquito urbano (Aedes aegypti) ainda transmite outras três doenças de grande importância para a saúde pública, a Dengue, a Zika e a Chikungunya.

As campanhas para o combate aos mosquitos devem ser intensivas e contínuas, utilizando-se diversos meios de comunicação, para poder atingir o maior número de público possível.

Muito mais que a campanha de conscientização da população para evitar a criação do mosquito, é importante que se faça programas “Efetivos de controle” por parte de prefeituras e órgãos Federais.

Hoje temos disponível no mercado um número considerável de marcas de produtos para o controle de mosquitos. Esses produtos incluem tanto produtos químicos como produtos biológicos. A maior parte dos inseticidas é oriunda do composto químico Piretróide.

Ao passo que, os inseticidas biológicos, também conhecidos como larvicidas biológicos, são a base de um microrganismo existente na natureza, o Bacillus thuringiensis var. israelenses (Bti). Esse microrganismo já é utilizado em diversos países no combate à proliferação de mosquitos.

Além disso, o Bti não é tóxico ao homem a ao ambiente, podendo ser utilizado com maior segurança.

A VectorControl produz duas marcas de larvicidas biológicos, THEBAS ® e THURIMAX. Ambas já disponíveis no mercado com alta eficiência no controle de larvas de mosquitos (Aedes spp, Culex spp, e Simulium spp), mas só podem ser aplicadas por empresas e órgão públicos. Estamos trabalhando no desenvolvimento do produto para ser aplicado pelos próprios consumidores em suas moradias.

A melhor forma do combate ao mosquito é a conscientização.

Eliane Gonçalves da Silva – Bela Urbana, graduada em Agronomia pela Universidade Federal de Pelotas (2001), mestrado pela mesma Universidade e doutorado em Agronomia (Fitopatologia) pela Universidade de São Paulo (2008). Participou de projetos de pesquisa no Departamento de Microbiologia do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB II /USP), no programa de Pósdoutorado, com bolsa de Desenvolvimento Tecnológico (Cnpq), até 2016. Desde 2012 trabalha na Empresa VectorControl, atuando em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, controle de qualidade de processos biotecnológicos e assuntos regulatórios.  Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em microbiologia e biotecnologia, atuando principalmente nos seguintes temas: bacteriologia, biologia molecular, biocontrole e bioinseticidas.