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CLASSE MÉDIA

Emergente classe média!
Que por falta de empatia
Afirma ser especialista
Do que vive nem um dia
Adora reunir-se em bando
Praticando misantropia.

Focada em manter status
Não quer ser merecedora
Do sofrimento miserável
Daquela ralé trabalhadora
Quem pede pão, leva selfie
Ou tiro da metralhadora.

Quando descobrirás
Que o fino é ser gentil?
Nada mais média Z que
Um público classe A.

Crido Santos – Belo urbano, designer e professor. Acredita que o saber e o sorriso são como um mel mágico que se multiplica ao se dividir, que adoça os sentidos e a vida. Adora a liberdade, a amizade, a gentileza, as viagens, os sabores, a música e o novo. Autor do blog Os Piores Poemas do Mundo e co-autor do livro O Corrosivo Coletivo.
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Às vezes por vezes

A água fica sem leito

O vento sem vales

A noite sem olhos

A minhoca sem terra

A caveira sem carne

A ferida sem casca

A lâmpada sem inseto

A nudez coberta

A cintura sem mãos

A conversa sem ouvido

A pausa sem silêncio

A lousa sem espelho

O sino sem vela

A haste sem bandeira

A boca sem manteiga

A ruga mais aberta


Meg Lovato – Bela Urbana, formada em comunicação social, coreógrafa e mestra de sapateado americano e dança para musicais. Tem dois filhos lindos. É chocolatra e do signo de touro. Não acredita em horóscopo mas sempre da uma olhadela na previsão do tempo.
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CHAMEGO

Chamego eu gosto
Chamego me faz bem
Chamego no rosto
Chamego na alma
Chamego que nunca desdém
Chamego me amansa
Chamego me faz sorrir
Chamego me faz curtir
Chamego na hora de partir
Chamego só pra sentir
Chamego de surpresa
Chamego debaixo da mesa
Chamego na hora que convém
Chamego também na hora incerta
Chamego debaixo da coberta

Sentir-se amada
Sentir-se querida
Sentir-se afagada
Sentir-se empoderada

Sorrisos se encontram
Mãos só transpiram
Coração acelera
Pensamentos
Coisas da vida
Quero mais
Chamego

Angela Carolina Pace – Bela Urbana, publicitária, mãe, apaixonada por Direito. Tem como hobby e necessidade estudar as Leis. Sonha que um dia as Leis realmente sejam iguais para todos.
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Sem intenção de ficar

Amar é tão doce que deveria ser o açúcar,

o quase pedaço de dedo entre as sobremesas. Um olhar

que não se deita sem demorar no arranhar as costas.

Vira promessa quando não promete nada. E te acompanha.

O nu no ranger dos seios ao menor sinal de boca.

Eu que te amei tão vagabunda, tão sutil e tão louca

que bebia o mel das próprias roupas, das que são expostas.

Amar é como não precisar do ar e nele se recompor afogado.

Ligeira faca de palavras. Um céu limpo e o teu olhar.

Que olhar…que tanto gesto e vontade do meu sexo, você dizia

aos todos cantos de qualquer sala, até escura.

E te amei amando, te amei morrendo dentro e tanto e tanto

que pude comer os peitos, de roupas, de camas, de rua.

Amar…que droga é essa? No instante em que me jurou ficar

eu soube que te perderia.

Siomara Carlson – Bela urbana. Arte Educadora e Assistente Social. Pós-graduada em Arteterapia e Políticas Públicas. Ama cachorros, poesia e chocolate. @poesia.de.si



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Bivar

Ontem à noite

eu me lembrei de você

O céu estava

nublado

E meus olhos

marejados

Imaginei a Estrela

Dalva brilhando

A Estrela da Tarde

Hésperus e Lúcifer

Ou simplesmente

Vênus inteira pra

mim

Solitária entre os

outros planetas

Continuei com

medo daquilo que

não ficava pra

sempre

Para superar essa

angustia pedi

licença poética ao

povo e aos astrônomos

Rebatizei as Três

Marias

Aquelas meninas

formavam cinturão

da constelação de

Orion

Num cenário

infinito…

Não eram mais

Mintaka, Alnilam e

Alnitak

Agora se chamavam

Polly, Topsy e

Diderlang

Fui padrinho

imaginário dessas

estrelas

Nesse espetáculo

você era o autor do

roteiro

O diretor dos astros

O compositor da

letra da música

Uma melodia punk

no firmamento

Sobre uma pauta

inovadora

Jovem engraçada

rebelde

Elegante

Fernando Farah – Belo Urbano, graduado em Direito e Antropologia. Advogado apaixonado por todas as artes!

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VEIAS DE AMOR

VERSANDO

ALENTO

SOLETRO

O TEMPO.

VISLUMBRO

CANTO

PERCEBO

O LEITO.

TOCANDO

HÁBITO

NOTANDO

O FÔLEGO.

EXPANDE AMOR

SACIA

A DOR.

SELANDO A VOZ

PENETRA

EM NÓS.

CARISMA FINCA

TORMENTO

ABALA.

ENTREGA ESPERA

CÉLULA

SE ACHA.

VEIAS DE AMOR

ABRAÇA!

Joana D’arc de Paula – Bela Urbana, educadora infantil aposentada depois de 42 anos seguidos em uma mesma escola, não consegue aposenta-se da do calor e a da textura do observar a natureza arredor. Neste vai e vem de melodias entre pautas e simetrias, seu único interesse é tocar com seus toques grafitados pela emoção.
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Um dedo ou uma arma?

Quando recebi o convite da Adriana para escrever para a campanha de Novembro Azul do Belas Urbanas, primeira coisa que me veio foi o dilema que afeta muitos homens: A fragilidade de nossa masculinidade diante de qualquer ameaça simbólica que nos coloque em risco de nos aproximar do que é feminino.

A mulher se cuida. E vive estatisticamente mais porque se cuida. Ela cuida de si e de todos em busca de pistas sobre tudo que nos tira a qualidade e a plenitude da vida, ao ponto de esmagar seu seio numa mamografia em busca de vestígios de câncer de mama, ou se expor e ser invadida friamente num exame de Papanicolau ou num Ultrassom Intramarginal. Ela reclama? Não. Muitas dizem que é incômodo, mas não se esquivam, não se acovardam. Elas vivem!

Nós, másculos, fugimos de um dedo. Fugirmos em direção a nossa morte, preconizada por um sofrimento abissal, que não é só nosso, mas de filhos, pais, amigos, mulher e todos os que nos rodeiam. Preferimos fingir arminha com dedos em uma brincadeiras da infância, mas fugimos dos dedos que nos são ferramentas de vida na fase adulta.

Morremos por covardia de enfrentar uma situação que nos parece uma guerra do ego, da vergonha. E encampamos essa guerra sabendo que podemos perder de forma vergonhosa. Se mulheres fossem generais, talvez nosso plantel seria bem mais honroso, mais viril (câncer de próstata, se não mata, brocha). Elas sim sabem o que é a batalha de ser quem são, sangrando mensalmente uma batalha que gera, nutre e mantém a vida.  

O novembro é azul, não roxo de vergonha. E que fosse das cores do arco-íris, pouco importa. Cuide da sua vida e ria de si mesmo, sabendo que forte é aquele que luta contra si mesmo, seus medos, suas vergonhas, suas fragilidades. Forte é aquele que se mantém vivo. Forte é aquele que apoia outro homem a ter 20 segundos com um dedo apontado para as suas costas (ou regiões mais baixas) e sobrevive. 20 segundos ou menos.

Campeão, sendo direto contigo: antes um dedo apontado para seu cu que uma tampa de caixão para tua cara. Sei que não é fácil, também estou evoluindo nessa saga. Mas como homem, peço a você: Seja mais homem, mas homem de verdade, cuide-se. A distância entre a vida e a morte é de apenas um dedo de coragem. 

Crido Santos – Belo urbano, designer e professor. Acredita que o saber e o sorriso são como um mel mágico que se multiplica ao se dividir, que adoça os sentidos e a vida. Adora a liberdade, a amizade, a gentileza, as viagens, os sabores, a música e o novo. Autor do blog Os Piores Poemas do Mundo e co-autor do livro O Corrosivo Coletivo.


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Novembro Azul

Tantas vidas são perdidas pelo preconceito masculino em relação ao exame de toque da próstata !

Isso acontece pois quando começam a ter sintomas que algo vai mal, e decidem ou são obrigados a ir ao médico; o tumor está muito grave e não tem como tratar.

A vida é o nosso bem mais precioso e devemos cuidar dela sob todos os aspectos! A correria do dia dia não pode ser usada como desculpa: depois eu vou!

Alguns se permitem somente o exame de sangue:
[O PSA, conhecido por Antígeno Prostático Específico, é uma enzima produzida pelas células da próstata cujo aumento da concentração pode indicar alterações na próstata, como prostatite, hipertrofia benigna da próstata ou câncer de próstata, por exemplo].
O limite para o PSA é de 5,0 ng/ml.
E o meu resultado desse ano foi 0,6 – muito, mas muito mais que excelente.
E com relação a próstata está tudo bem.

Quem tem caso de qualquer tipo de câncer na FAMÍLIA deve redobrar o cuidado.

Para estimular o exame de próstata são criados comerciais divertidos e não contentes os sarristas (zoadores) fazem paródias de músicas.

E aproveitando o gancho seguem duas piadas, mas sem esquecer que câncer de próstata pode matar!

Um amigo me contou que queria fazer o exame diariamente e o médico após muita negociação conseguiu alterar para uma vez por mês.
Sua reação foi dizer: -Ai que raiva!

E esta é clássica;
Durante o exame o urologista perguntou a outro amigo meu:
-Fulano de tal está sentindo alguma coisa?
-Sim. Sinto que te amo Doctor!

Eduardo Gozales Domingo – Belo Urbano. Formado em Educação Física. Atuou com voleibol em todas faixas etárias, recreativamente e competitivamente. Há 14 anos atua como Corretor de Imóveis em construção, ama o que faz, pois ente que é facilitador para as pessoas realizarem o sonho da casa própria. É fiel as amizades, de bom coração e fanático por esportes e música.
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Dia difícil…

Nunca fiz exame da próstata o do TOQUE ATRAVÉS DO RETO, confesso por machismo mesmo; bienalmente faço uma investigação ampla do meu aparelho urinário, porém esses dias estava sentindo que minha bexiga sempre estava cheia, resolvi juntar a fome com a vontade de comer e já fazer logo tudo, mas lembrei: E O BENDITO EXAME DO TOQUE? Resolvi tomar coragem e passei uma semana me preparando psicologicamente após marcar a consulta, no dia do exame, de manhã, dei uma geral a mais no “ÁS DE COPAS” durante o banho e até forcei pra chamar o Ari Barroso pra não fazer feio diante do médico.

Chegando na clínica havia a opção de esperar lá fora, aproveitei e fui ver os passarinhos pra ver se me encorajava ou ainda me distraía ante ao que estava por vir. Com meia hora me chamaram, o doutor era alto devia ter mais de 1,90m MÃOS GRANDES e tinha olhinhos azuis que se destacavam por causa da máscara, aproveitei tirei o foco da mão dele e coloquei nos olhinhos azuis até pra ver se rolava “UM CLIMA” para que eu ficasse mais a vontade. Expliquei sobre as dores e ainda falei que aproveitaria pra fazer a AMPLA INVESTIGAÇÃO do trato urinário, ele fez perguntas sobre alimentação, idade, hábitos físicos, hereditariedade, acho que ele estava também procurando um clima mais amigável para poder fazer a invasão de domicílio, após uns cinco minutos de conversa, eu já resignado tomei coragem e larguei a frase constrangedora:

– Doutor eu nunca fiz o exame do toque e hoje QUERO FAZER! Ele olhou pra mim, deu uma pausa…. e disse:

– Eu já prescrevi exame de sangue, urina, ultrassonografia dos RINS, BEXIGA, PRÓSTATA e o mais importante o PSA , então você não precisa fazer o exame do TOQUE sem falar que é recomendado após os 50 anos.

Eu pensei : F.D.P! que ingrato! e eu passei uma semana de tormento, lavei a Firofa caprichadamente, deslizei o moreno pra ficar tudo em ORDEM e o ele me emplaca com uma dessas?

Perguntei: – Tem certeza?

Ele: – SIM, estão aqui as requisições traga-me os resultados e a gente se fala, passar bem. Saí do consultório entristecido… tanta concentração, contemplação de passarinhos, desvio de foco, e dias de angústia em vão….

P.S : Há três anos atrás fui a um médico fazer a mesma investigação urológica mas NEM PENSAR em dedo na CUÍCA, falei com o médico expliquei tudo e antes de terminar minha explanação ele já foi logo falando que iria fazer o exame do toque, eu me recusei, ele insistiu mas eu me fiz de desentendido e NÃO FIZ o exame, e ainda pensei que cara mais INTRO-METIDO!

Agora estou pensando, teria eu perdido o CLIMA IDEAL?

Hugo Vidal – Belo Urbano, é jornalista, ator e diretor há 29 anos, gosta muito de descobrir novas paisagens rodando com sua moto, aliás uma de suas paixões é o motociclimo. 
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Na internet eu consigo fazer tudo

Eu já usava a internet todos os dias, por algumas horas, mas agora na pandemia comecei a usar bem mais. Antes eu não tinha tempo pra isso, pois além da escola tinha várias atividades a tarde, trabalhos escolares e minha vida pessoal, então não dava tanto tempo. Agora até a aula é on-line, então dá bem mais tempo. 

A internet, me ajudou muito para me comunicar com minhas amigas nesse momento em que estamos passando. Passamos horas conversando quase  todos os dias às vezes por mensagem mas normalmente por ligação. Conversamos sempre pelo Whatsapp ou pelo Instagram.

Na internet eu consigo fazer tudo, eu vejo minhas redes sociais, converso com as amigas,  jogo jogos,  ouço música e entre outras coisas. 

Além disso, tem as aulas on-line, eu prefiro presencial pois gosto de estar com minhas amigas e acho mais fácil. Mas acho que on-line,  para reuniões de trabalho em grupo ou de projeto literário,  é melhor. 

Julia Morais Andrade – Bela Urbana -13 anos, gosta de dançar, ouvir música, tirar fotos, fazer lettering, maquiagem, viajar e também de conversar, jogar estar com suas amigas,