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Não confunda C* com B#. Lembra dessa frase?

Se parar para analisá-la, é a mais pura verdade. Relacionamentos são iguais. Sempre há confusão, troca de opiniões e aquela outra frase “Pimenta no C# do outro é refresco” surge para encerrar nossa primeira reflexão.

Empatia não é quase amor.*

Estou meio cansada das palavras resiliência e empatia. Você tem um poder enorme de mudar, de se adaptar e empatia a ponto de enlouquecer pelo outro. Mas, afinal, o que estamos fazendo para nos relacionarmos em épocas de tamanho egoísmo e egocentrismo? Não vou falar aqui de relacionamentos amorosos, com o mundo, pós pandemia etc. Estou cansada e achando até que “emburrecendo”.  Demoro para raciocinar, colocar as mensagens em dia. Fujo de chamadas, penso em várias coisas, escrevo mil outras e fico me questionando qual o sentindo daquilo tudo. Ou normal ou doida mesmo. Nossa, as coisas estão confusas, difíceis. Pessoas passando por tanto caos… e daí vem a empatia.

Sim, devemos ter empatia, mas se ainda não entendermos o quão importante é primeiro se colocar no seu próprio lugar, não poderemos nos colocar no lugar do outro.

Vejo o movimento da empatia meio desgovernado. Para a existência humana em sociedade, para um mundo melhor e outras mil coisas importantes sim, é preciso nos apoiarmos, sermos parceiros, lutarmos, mas existe um limite chamado Exaustão da Empatia. Sei lá se existe mesmo esse termo ou acabei de inventar. Mas é meu ponto de vista e somente ele.

Temos lido muito, ultimamente, sobre esse excesso de positividade. Nossa, quanta gente feliz em lugares lindos, distribuindo sorrisos, cenários maravilhosos, leveza, amor e paz! Dá até uma ponta de inveja… somos humanos, afinal.

Mas o excesso de empatia tem gerado altas discussões nas rodinhas que frequento e nas redes sociais de pessoas que conheço ou simplesmente sigo. Qual o problema disso? Se colocar no lugar do outro e tentar apoiá-lo é fundamental para construírmos ambientes melhores, contextos melhores. Mas tentar solucionar problemas de acordo com sua opinião e personalidade, é aí que mora o perigo. Muitas vezes, nossa ânsia de ajudar acaba tornando as relações impossíveis. Ninguém vivencia, de fato, o interior do outro. O excesso de opinião acaba gerando um peso, porque você acaba querendo organizar tudo e tentando resolver da melhor forma e as vezes, se perde no que é “de fato o seu pacote” e como resolvê-lo ou “o pacote do outro foi resolvido assim, então farei igual”. Daí, lascou! Exemplos são importantes guias, porém podem não ser exatamente os passos que deve seguir.

Ter empatia não é resolver pelo outro e sim ajudá-lo a encontrar soluções dentro do contexto que ele vive, do seu ambiente, da sua situação emocional e por aí vai.

Preste atenção antes de levantar bandeiras. Não se fruste e tão pouco diga “eu te avisei”. É a pior coisa que se fala à alguém que tenta se resolver e ainda fica perdido nas suas próprias escolhas.

Por fim, seja gentil. Tenha compaixão, mas reconheça seu limite e respeite o tempo do outro. É uma troca de saberes. De vivências. Assim, todos daremos as mãos e conseguiremos unir forças para aquele mundo melhor, mesmo que este seja com aqueles que vivem entre alguns metros quadrados ao seu redor.

Excesso de empatia é de “Cair o C*da B#! Um beijo e seguimos…

*O título desse texto lembra o nome de um bloco de rua carioca, o Simpatia é Quase Amor! Ô saudade de um tudo junto e misturado suado e no puro glitter. Em breve voltaremos com tudo isso. Que assim seja!

Dani Fantini – Bela Urbana, Relações Públicas de formação. Se jogando na escrita de coração!
Mãe da Marina, filha super companheira! Cuida da casa, trabalha com gente, ama animais, plantas, é cercada de bons amigos e leva a vida com humor! Pode-se dizer que é completa, mesmo faltando algumas peças nesse enorme quebra-cabeças que é viver!


Foto Dani: @solange.portes