Para saber o que é paciência: Construa uma casa. Para saber o que é amor incondicional: Tenha filhos. Para saber sobre o tempo: Observe o seu envelhecimento. Para um casamento duradouro: Potencialize sua aceitação e seu altruísmo. Para resolver todos os problemas: O dia seguinte. Para saber o que é dor e angústia? Basta perder quem amamos. Para perdoar de verdade: Só ficando sem memória. E se você quer sentir que é verdadeiramente amado e lindo? Conviva com as crianças. Para não ter medo de nada: Sugiro a fé. Para saber o que é saudade: ́Vislumbre a longa estrada que te separa dos seus amores. Para alcançar a alegria: Curta o sonho que antecede a conquista porque na verdade é tudo uma ilusão passageira.
Viver é seguir um caminho sem volta a espreita do que virá e sabendo que misteriosamente haverá um fim.
Oferenda em forma de pensamentos e sussurros, altas magnitudes aderindo meu silêncio transformado em tentáculos que falam de saudades incrustadas.
Prata mais próxima da rua, prata que invade a casa, que abraça, enquanto entre o cinza dos concretos da cidade sigo minha sina à deriva.
As cidades são tudo isso, um amontoamento de pontos nos quais somos jogados como estrangeiros em nossas próprias vidas.
Nossa prataria é lata vulgar, por mais que tentemos mudar nos inserimos nesse preto e branco da cidade.
Cristina Bonetti – Bela urbana, piracaiense, amante da literatura e de música clássica desde a infância. Filha e neta de escultores. Fã de Manoel Bandeira, Fernando Pessoa, Paulo Coelho e Pablo Neruda. Poetisa, artista plástica e publicitária. Co-autor: Paulo Monteiro
Em uma reflexão muito rápida sobre os três finalistas do programa de TV que se encerra proximamente, não poderia ficar calado. Esta reflexão veio carregada dos estudos que já realizo há muitos anos. A presença de homens sempre esteve em destaque em vários espaços sociais. Na cozinha é o “chefe”. No serviço de restaurante é o “maitre”. Nos serviços de hospedaria, a autoridade geralmente é um “concierge” e assim em diversos segmentos. Na moda é o “estilista”. Não é de se espantar que a eliminação dos participantes indica o grau de gradualmente preconceito enraizado na sociedade brasileira. Sabemos quem está na frente da maioria das casas brasileiras.
A casa vazia de sentimentos, de coração e de emoções.
Coberta de estratégias, de ciladas e de pseudo razões.
Encobre as desigualdades e as diferenças de oportunidades.
Vibram os ganhadores honestos e certos de suas verdades.
A pseudo natureza superior dos homens, estampada no programa de grande audiência, remete à dominação masculina como o modelo de honestidade, de irmandade entre os homens, ao sexismo porque fizeram um pacto, uma aliança vingativa e eletiva e às fronteiras rígidas de um machismo velado, que por ser velado é cruel trançando os intransponíveis limites entre os gêneros masculino e feminino.
Triste é a casa sem voz.
Espelho da mesma farsa.
Onde o domínio é sempre feroz.
Lugar da mentira comparsa.
Quando o reinado do machismo encerrar, iremos olhar para trás e sentir vergonha porque por milhares de anos sustentamos uma sociedade assim. Dividida. Isolada. Apartada entre masculino e feminino. Porque esta sociedade tem medo de se integrar. Feminino e masculino na pessoa humana. Isso gera tanta violência. Gera conflitos em vez de paz. A violência contra a mulher precisa acabar. Homens precisam parar de ter medo do feminino. Podem aprender mais a solucionar seus conflitos com a diferença. Homens que estão começando a perder a cabeça pelo fim do relacionamento, por uma traição, por uma guarda de filho não alcançada, por um patrimônio dividido, podem virar a chave e mudar a sua própria história.
Taí, já de cara, o primeiro motivo: ser-se. Manifestar-se. Vomitar a vontade e saborear a cor que se produz.
Quero então, e escrevo primeiramente sobre o desejo, que é esse o verdadeiro motor da escrita: o tesão que faz a gente sair do banheiro direto para o cadeira, ainda pelada, abrir a tampa do computador com pressa e logo despejar a primeira frase: “Ela queria escrever; seu pai não queria.” Foda-se, que a idéia desse começo, a propósito, saiu mesmo de lá, enquanto a água caía sobre meus ombros e o devaneio flutuava em neblinas; em gotas que escorriam pelo vidro do box fazendo loucos caminhos orgânicos, uma trilha para especulações abstratas, mente de artista; pois o escritor é, desse tipo. Gente diferente do pai da gente: advogada, médico, dentista, engenheira e ponto final. É desse tipo de gente que o artista foge, a propósito; tem que fugir.
A regra, o quadrado, o exato; o cálculo, o esquadro, aquela coisa que fazia círculos perfeitos, bolhas que não estouram, eu sou o lápis. Sim, artistas são lápis com olhos coloridos; rabiscamos na neve os mais absurdos arcos-íris e encontramos ouro. Brilha diferente, esse nosso. Então quando esse lápis fura a bolha, de dentro para fora, é um arco iris dourado que cintila nos poros. É isso o que procuramos. É por isso que ela escrevia, a filha: encontrar diamantes.
‘Mas que diamantes são esses?’ perguntava o pai.
‘Tem que procurar fundo, velho’, respondia a garota e imediatamente e se metia-cavucando no meio das páginas, virando uma após a outra, ora com vidrada lentidão, ora voraz como quem esmiuça um palheiro na busca da agulha, e acha. E acha muitas, pois o artista encontra. Encontra no meio da rua palavras para expressar o cosmo; no metrô o ritmo para expressar a velocidade do maratonista, no balé a ironia para expressar o desconforto da amante apaixonada, e assim por muitos quartos, daqueles tipo Usher.
A gente enxerga torto, desviado, distorcido, adulterado. Pela tinta, pela letra, pelo som ou pelo rosto, o nariz do palhaço te escancara um sorrisão; você tava triste lembra?
Transformação, é por isso que eu escrevo. Transformo rostos. Crio narizes, arranco dentes e faço chorar. Sou um mutante azul e espinhoso; noutro planeta passo a voar e em seguida limpo o chão com pés de cinderela.
A imagem vem e deixo fluir, sabe.
Mas o pai não fluía. A linguagem de um era além do alcance do outro; e assim nascia o conflito de mais uma história, um conto cuja professora lá daquelas distantes ‘vidas’ nos instigara a escrever.
Por que eu escrevo? me pergunto novamente? Por tudo isso, talvez por muito mais; ou até menos, dependendo da hora, do momento, da liberdade de fazer, do parir sem perceber.
Todas as vezes que visito praia, entro no mar para me despedir e agradecer com muita emoção a dádiva de ter estado ali e vivido aqueles momentos, se eu passar um mês na praia eu faço esse ritual todos os dias ao ir embora, tenho medo de acontecer alguma coisa e eu ter deixado de agradecer e mais importante: de me despedir. Quando eu morrer quero ser cremada e que joguem minhas cinzas no mar.
Eu me sinto em um paraíso quando tenho contato com o mar, qualquer tipo de incômodo que eu tenha eu trato de resolver rapidamente, a coceira que me dá o contato com a areia eu resolvo levando água da torneira em uma garrafa PET, quando vou a uma praia que tem chuveiro ou torneira eu adoro, me lavo e já estou pronta para passar mais algumas horas de felicidade olhando o mar, brincando na água com minhas filhas, tomando uma cerveja, deitada na areia, olhando o horizonte, cochilando ouvindo o barulho do mar, tirando fotos, catando conchinhas com a Luisa, sentindo aquela brisa gostosa, apreciando o nascer ou o pôr do sol, fazer uma caminhada em alguma trilha, inventando mil praias para visitar com meu marido, visitar as pedras, conversar com as pessoas ao redor, aquelas conversas de férias, leves e divertidas, comer em um restaurante em frente ao mar, puro deleite, o estado supremo do prazer terreno para mim é estar no mar, vivenciá-lo em riqueza de detalhes.
Quando ficar mais velha quero morar perto do mar ou ao menos passar alguns meses perto dele. Tenho um pensamento recorrente: será que eu amo o mar assim apenas porque não vou frequentemente? Será que se eu morasse em uma cidade de praia eu iria com frequência a praia? Será que perderia esse meu amor e entusiasmo pelo mar? Talvez algum dia eu tenha respostas para minhas perguntas, no momento, eu como uma romântica que gosta de dizer que não é romântica, fico no conforto e no encanto de suspirar pela próxima vez que vou pisar na areia e me encontrar com meu amado mar.
Hoje vou falar sobre algo que sempre me perguntam, se existe o certo e o errado. E a resposta é sim. Sim, existe.
Mas a grande questão é nem sempre o seu certo é o meu, e o seu errado é o mesmo que do seu vizinho. E nisso está o dilema da questão da convivência. Estupidez versus sensatez.
Como saber se certezas não existem?
A resposta é simples, tão simples que parece coisa de brincadeira do tempo da mais pura infância e é justamente onde a sabedoria existe na sua forma mais plena.
Certo é tudo que não machuca. Errado é tudo que machuca.
Se souber e seguir isso, estará escolhendo com consciência o que quer escolher… seja o certo ou o errado.
Não entendeu o que é machucar e nem quem?
Certo, vou detalhar Consulente, mas essa sua falta de entendimento me cansa…. machucar é todos, você ou qualquer outro.
Escolha o seu caminho, eu torço que escolha o certo.
Até onde eu sei, a defesa por posição, a estratégia política banaliza a vida. A guerra abre feridas que décadas depois irão sentir suas dores; A guerra corrói amores, sabores, visões, tudo muda de padrão, até o céu intocável perde seu calor; A guerra traz horror, morte, sangue, algo que as mentes desta década não podem imaginar;
Não se pode imaginar a dor que a dor criou por a banalidade; Não se pode imaginar que depois de tanta evolução tecnológica, déspotas se coloquem a iniciar o sofrimento, a mortandade, a dor e a desigualdade; Não se pode conceder que hoje ainda tenhamos o ímpeto de escolher a espada ao invés da caneta e que simplesmente ignoramos os mais fracos.
Entendo, de forma controvérsia, guerras que permanecem até hoje, que se seguem através de décadas por questões religiosas ou por interesses financeiros, mas uma potência “evoluída”, arriscar, jogar sem sequer pestanejar, por interesses financeiros. Estamos falando de vidas, estamos falando de corações, sentimentos e tudo que se pode destruir, covardemente. Covardia acreditar que tem algum valor essa ação, covardia acreditar que qualquer coisa poderia justificar tal ação, covardia destruir tudo em uma nação.
Aqui do nosso conforto, fechados em nosso mundinho, imaginando, e se fosse conosco? Pensando, o que faríamos se alguns destes déspotas resolvessem tomar tudo que é nosso por simplesmente nada . A algum argumento que justifique? Como poderíamos concordar com isso?
Este texto não é para ser uma poesia, mas em versos digo o que penso; Me dá nojo, me dá azia, olhar para a maldade e pensar em concordar; Me dá tristeza ver a covardia se manifestar e alguns concordarem com tal ação; Me dá dor no coração, me destrói o coração pensar que um único homem pode, ainda hoje, destruir uma nação.
A educação pragmática, em nossa atualidade, escolhe e define modelos estruturantes e hegemônicos de como devem ser os vencedores. Logo, aquele que não vencer se torna um perdedor. Ao vencedor são dados os estímulos, incentivos e premiações possíveis. A todo momento, meninos são educados para a conquista, para alcançar a vitória e o sucesso. Na trajetória de vida, os meninos são cobrados por uma performance cada vez mais massacrante. Massacrasse os sentimentos e a possibilidade de falhar. É imposto a impossibilidade de sentimentos ou emoções que possam formar lá na frente, uma personalidade para o carrinho, para o cuidado ou para o altruísmo. A educação infantil de meninos passa a ser um laboratório de homens que irão governar e liderar a sociedade com base nos resultados positivos. Mesmo que isso lhes custe dor, frustração ou traumas, as recompensas sociais, financeiras e sexuais irão cobrir este deserto. Meninos não são educados para expressar com liberdade seus sentimentos. A ideia de autonomia ou liberdade rompe as correntes do patriarcado. Mas esse mesmo menino, não saberia mais se libertar das correntes, pois como está muito acostumado a usar esta corrente, nem vislumbra a leveza da liberdade. Pelo contrário, a liberdade é estranha e tudo que é estranho causa medo. O medo se combate com agressividade. O medo é a base de toda e qualquer violência. Meninos são educados para esconder a possibilidade de sentir medo. Medo ao medo. Como resposta direta ao medo, para escondê-lo, se usa da agressividade. Um comportamento tipicamente masculinizado. A verdadeira educação para os meninos deveria ser feita dentro de um processo de libertação dos rótulos e padrões que associam força, virilidade e poder ao masculino. Na verdade, a educação de meninos deveria ser centrada na formação de um indivíduo pertencente a uma comunidade de múltiplas escolhas, de diferentes matizes e de uma diversidade cultural. É isto que representa a nossa humanidade. Esse valor humano está na nossa capacidade de aceitar as diferenças como uma evolução. O projeto patriarcal é solidificado na mesmidade. Tudo tem que ser o mesmo. Igual. Não há o campo da alteridade. O projeto patriarcal é totalitário porque afirma como referência de valor o absoluto, o eterno e o universal. A educação de meninos precisa compreender as várias formas da existência humana na atualidade. Em muitas escolas ainda temos um modelo medieval de educação. Um mestre e seus discípulos. Cada um hoje, pode compartilhar seus conhecimentos. Nesta era tecnológica, onde basta dizer, ei quantos presidentes governaram o Brasil, e já temos uma resposta, é necessário criar novos acessos para romper o isolamento social. Estes sim, são os espaços onde os lobos são formados. Lobos que não se juntam para a defesa. Mas para o ataque. Para responder com força e crueldade qualquer possibilidade de mudança. Agindo com violência mesmo isolados, mas tendo apoio e aplausos de outros lobos.
Uma educação voltada para os meninos e equidade de gênero, deveria ser desenvolvida por uma razão, não pelos instintos. Mas esta razão seria o cuidado com as emoções porque a espécie humana é obrigada a extrair de si mesma pouco a pouco, com suas próprias forças, todas as qualidades naturais que pertencem à humanidade. E eu acredito, que se é possível ensinar a ler e escrever, é possível também ensinar o respeito, o amor e a qualidade humana mais importante: a EMPATIA. Uma geração educa a outra.
Utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência, de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.