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Aceitação dos novos papéis masculinos

Como escrevi em 2010, quero avançar e, novamente, refletir sobre o que aconteceu desde então, principalmente, estudando os gêneros, a publicidade e a sociedade.

O reflexo das mudanças sociais masculinas, que já começou desde os anos 1990, pode serconstatado, cada vez mais, na propaganda em que os criadores não hesitaram em misturar contrastes. As campanhas se livraram das velhas fronteiras armadas pela moral da geração anterior e ousaram na utilização de novos padrões aceitáveis e até incentivados na última década. Tudo porque grande parte da população não acredita mais nas normas e padrões
tradicionais, permitindo o pluralismo, o ecletismo e favorecendo o aparecimento de novos modelos, até pela existência de meios pulverizados, as mídias tradicionais e as diversas formas de mídia social, alcançando os mais diversos tipos de público especificamente.

De forma global, o processo de ajuste às transformações sempre foi caracterizado como um período de confusão e incertezas para todos, em especial, para os homens que tinham um padrão cristalizado por séculos. Embora os papéis tradicionalmente masculinos já venham sendo substituídos, aqueles que se ajustam plenamente às novas expectativas ainda não estão, claramente, estabelecidos em muitas partes do mundo.

De qualquer forma, o que é bom, é que estamos passando por um processo que permite aos homens relacionarem-se com o lado mais humanitário e livre da sua natureza.

Com isso, há uma expectativa de que a nova masculinidade, que já vem sendo estudada há mais de três décadas, resultará em um maior grau de expressão emocional e de melhor relacionamento humano. Há liberdade para ser o que se é ou em que sente melhor.

Os novos papéis, já aceitos para o gênero masculino, é que estão sendo mais compreendidos, permitindo que possam, sem medo, demonstrar carinho, ternura e auto expressão, por meio da sua escolha individual o que proporcionará melhor realização pessoal.

Tudo isso, entretanto, vai depender da sua formação no âmbito familiar, escolar e social em que essa nova geração está se formando. Esses âmbitos deveriam atentar sempre para as dificuldades consequentes das fases de transição que aparecerão a cada nova geração.

Menciono algumas referências, informalmente:
ARILHA, M. : Homens e masculinidades; CALDAS D. Homens: Comportamento sexualidade e mudança;
GARBOGINI, F.: O homem no espelho da publicidade (tese) e O homem na publicidade da última década (artigo);
NOLASCO, S. O mito da masculinidade e A Desconstrução do masculino.

Flailda Brito Garboggini – Bela Urbana, aquariana. Formação e magistério em marketing e publicidade na PUC-Campinas. Doutora em comunicação e semiótica. Dois filhos e quatro netos. Hobbies: música, leitura e cinema. Paulistana por nascimento, campineira de coração.
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Mortos-Vivos

As vezes a cabeça fica tão cheia, mas tão cheia de tantos e diversos pensamentos… pensamentos que buscam saídas, pensamentos que começam frenéticos, mas cansados, vou entrando em um lugar que não tem lugar.

Sim, como se estivem no limbo… ficam lá quietos, não, na verdade não estão quietos, estão meio como mortos-vivos, porque já estão tão cansados que é melhor deixá-los assim, mortos-vivos.

Pensamentos tão cansados podem ser agressivos, depressivos e podem gerar ações assim, por isso, se estiver se sentindo dessa forma, deixe eles quietos, no limbo mesmo, até uma hora que você possa resgatá-los.

Eu muitas vezes me sinto um caos e é difícil explicar esse caos. Um caos que controlo, um caos que convivo, um caos que nunca desisto de arrumar, é isso, eu sou uma eterna arrumadora desse caos….. será que saberei viver sem ele?

Sim, é claro, porque a medida que arrumo e organizo, me livro desse, mas já invento outros… então, talvez ele sempre irá existir na minha existência… mas temos que conviver de forma amigável, sem que ele me engula, pacificamente.

Escrever com a cabeça tão cheia de vazio é um movimento de resistência, porque o vazio só nasceu de tão cansados que os pensamentos estavam e então, foram nesse momento para o limbo e lá estão como mortos-vivos. Escrever pode ser o remédio para que não virem zumbis sem volta.

The Walking Dead, acho que é isso que a Madame Zoraide indicaria nesse momento. É o que eu assisto nesses tempos, e devoro e adoro.

Adriana Chebabi  – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde faz curadoria dos textos e também escreve. Publicitária. Curiosa por natureza.  Divide seu tempo entre seu trabalho de comunicação e mkt e as diversas funções que toda mulher contemporânea tem que conciliar, especialmente quando tem filhos. É do signo de Leão, ascendente em Virgem e no horóscopo chinês Macaco. Isso explica muita coisa.

Foto: Gil Guzzo

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Raro Prazer

Raro prazer
Grafitando sobre mim!
Quando os toques fomentam as sensações!
Estou num sempre e sempre levada para amar…
Assim como uma queda d’água!

Sou a expressão da arte…
Faço arte enquanto visto porcelana em minha face… e me arrisco!

Sou amante de meus ais… velejo tranquila com
o meu barco…entre o meu, e o seu cais!

Sou da terra que me acolhe a… e, viajante com pêndulo trombando entre o sopro sensível, e o peso de meu corpo deixando em ti marcados traços!

Sou garganta e canto… e afino meus sabores
Com dialetos, que me apresso em tomar como delícia de minha linhagem… em qualquer outro canto!

Sou de cama… sou de mesa… e sou de banho…
Sei sobre lençóis, colchas, edredons, mantas…
Como a mim mesma… sei ajeitar fronhas…
Sei esfregar toalhas felpudas e também torcer,
Para escorrer a água… sou de arquitetar formas e sínteses ao arrumar a mesa!

Sou da paz e da guerra, na acepção da palavra…
Sou voraz em todas as esferas…
Sou capacitada para apaixonar-te.
Então… ardente chama te espera!

E eu, sei esperar quando não sinto que é quimera!
Realmente os seus toques fomentam-me… sei disso.
E avolumo-me nessa paixão fermentada… que sendo você…
É claramente sem qualquer risco… de ficar um bolo embatumado!
(e não é loucura da joaninha)

Joana D’arc de Paula – Bela Urbana, educadora infantil aposentada depois de 42 anos seguidos em uma mesma escola, não consegue aposenta-se da do calor e a da textura do observar a natureza arredor. Neste vai e vem de melodias entre pautas e simetrias, seu único interesse é tocar com seus toques grafitados pela emoção.