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Desprendimentos

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A pétala que cai da flor não se despede

apenas se desprende,

não salta, somente se solta

como o sorriso manso de quem parte

sabendo que não haverá volta.

E assim tão solta, e sem culpa,

a pétala, livre, rodopia,

E cai leve, enquanto gira

Sobre o remanso de um rio.

Cai

e a queda rumo à agua é macia,

enquanto cai, se delicia

e abraça o vento

e perfuma o dia,

enlaça o ar.

Primeiro, o desprendimento

E depois o deslizar….

A pétala precisa cair

para poder flutuar.

 

20160614_141612 (1) Alda

Alda Nilma de Miranda – Bela Urbana, publicitária, autora da coleção infantil “Tem planta que virou bicho!” e mais 03 livros saindo do forno. Gosta de tudo que envolve tinta e papel: ler, desenhar e escrever, mas o que gosta mesmo é de inventar motivos para reunir gente querida. Afinal, tem coisa melhor que usar o tempo para estar com os amigos?

 

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