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Perdido no aquário em Gênova por um instante

Vivi uma situação no aquário em Gênova na Itália, numa viagem em família, que me colocou para pensar.

Eu, meu marido, meus dois filhos e mais nove da família, um super aquário, muitos ambientes e muita coisa interessante para ser vista!

Na sala das águas vivas, o Silvio, meu filho mais novo, que na época tinha cinco anos, ficou encantado e parou num expositor estarrecido, esqueceu de tudo e de todos e assim ficou, ali parado olhando os animais brilhantes naquela sala escura, e sem lembrar de nada nem de ninguém, ficou ali enquanto todos seguiram inclusive eu, a mãe!

Eu chamei algumas vezes, vamos continuar, tem bastante coisa para ver, vamos seguir, sempre muito atenta aos meus dois e conferindo todos, de repente segui acreditando que ele já tinha ido e, de repente, ao chamar todos da família para uma foto constatei que ele não estava entre nós!

Mais que rápido, voltei e falando (parlando) um Italiano na época bem mais ou menos, em alto e bom som gritei:

Dove stai meu bambino? Onde está meu filho?

Silvio dove stai? Silvio onde está??

Bateu um desespero, uma agonia, olhava para meu marido, sem saber o que fazer quando, de repente, uma moça aparece de mãos dadas com ele que estava aos prantos e me diz:

Suo fíglio? Seu filho?

Eu o abracei, ela meio desconfiada, olhou para ele para saber se me reconhecia e ele imediatamente me abraçou e falou mãe Carol eu fiquei perdido, vocês me esqueceram?

Eu respondi a pergunta da moça:

Si mio figlio. Grazie. Sim, meu filho. Obrigada.

E perguntei a ela:

Como si chiama? Como se chama?

Muito agradecida a moça  italiana que trouxe meu filho até mim!

Io mi chiamo Matilda. Eu me chamo Matilda, respondeu a moça gentilmente, enquanto eu, naquele momento aliviada, dei um abraço muito apertado nele e no mesmo instante reforcei que eles precisavam ficar perto de nós. Sempre juntos, que eu jamais o esqueceria e que isso não é impossível de acontecer!

Que desespero! Que agonia!

Muito bom viajar em família, mas isso fica muito fácil de acontecer, quando há muita gente.

Desde aquele acontecimento, sempre que saímos com mais pessoas em lugares desconhecidos, instituímos algumas regras para evitar que isso ocorra novamente.

Ninguém sai, sem que todos estejam juntos. Esperamos, e juntos seguimos!

Nunca esquecemos deste acontecimento, tampouco do nome da italiana Matilda que hoje virou motivo de brincadeira entre nós, pois graças a Deus, isso tudo teve um final feliz! Mas muitas vezes muitos não tem…

Mãe também se distrai, mãe também se esquece, pois,  mãe também é gente, é humana, mas uma gente, uma humana  diferente quando se trata de seus filhos! Falei um italiano como nunca havia falado e hoje esta história é lembrada entre nós de maneira engraçada, reforçando os cuidados para quando pudermos sair novamente em viagens e em família como sempre amamos fazer!

Inclusive guardo um calendário com uma foto de toda à família, do dia que tudo isso aconteceu, que ilustra meu relato, dia que nós deixou diversos aprendizados e lembranças boas…

Todos juntos e uns cuidando dos outros!

Amor de mãe, amor de filhos e de família!

Ana Carolina Rogé Ferreira Grieco – Bela Urbana, mulher, advogada formada pela Pucc Campinas em 2000, atualmente atua no corpo de advogados do escritório Izique Chebabi Advogados Associados e empresária. Virginiana que ama jogar tênis e ficar com a família!
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