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Quando a alma está nua

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Se você quer me conhecer, além do que vê por fora, além da casca do corpo, vou te contar um “segredo”. Sou daquele tipo “menina normal”, sem grandes mistérios, com muitas fases. Mas acima de tudo, sou de um tipo raro: eu tenho a alma nua. Não, não se choque com isso e nem me venha com pudores.

Olhe mais a fundo. Mistérios solucionados. Não disfarço alegrias, tristezas e indignações. Não controlo isso. Minha alma tem vontade própria e fala…

É fácil entender um sorriso, a agitação das minhas mãos quando falo ou quando estou em silêncio, o meu bufar quase imperceptível quando estou contrariada. É tão simples. Basta olhar para dentro da casca, que está tudo ali. Um mapa de emoções cristalinas. Alma tão nua, a ponto de ser tola perante muitos.

Uns dizem que sou boba por ser tão transparente… outros dizem que é mostra do meu coração gigante. Não sei e na verdade não me importo. É assim que sou em essência. E isso não se muda e ponto. E mudar para que? Um curso no Tablado quem sabe me faça aprender a disfarçar.

Mas aonde isso me levaria?

Sigo sendo eu: de alma nua. Confundindo quem não vê além da casa… pois é melhor a nudez incompreendida do que uma vida pela metade.

 12507504_864760573644811_8622203985550743298_n Marina Prado

Marina Prado – Bela Urbana, jornalista por formação, inquieta por natureza. 30 e poucos anos de risada e drama, como boa gemiana. Sobre ela só uma certeza: ou frio ou quente. Nunca morno!

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