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A IDADE DA MULHER

AS 3 IDADES DA MULHER -KLIMT (2)

Era uma manhã de sábado! No caminho para a feira encontro uma conhecida que me diz: “De shorts??? Moderninha, hein?”

Como de costume, parei para pensar no que eu estava errando… Mas claro que o erro não era meu!

Na hora do almoço, a tia, no auge de seus 80 me diz: “Não queira ficar velha… É muito ruim!” e eu, horrorizada, respondo: “Se der tudo certo, ficarei velha sim, pois a única outra opção não me atrai muito…”

Então parei para refletir sobre idade, especialmente a idade da mulher!

Ainda tenho idade para andar de shorts? Calça jeans, saia curta?

Mantenho cabelo comprido, corto seguindo tendência ou acredito que cabelo curto rejuvenesce? Pinto? Estico? Assumo os grisalhos e ondulados? Plástica, botox, preenchimento, dietas?

Muitas dúvidas na vida de uma jovem de quase 52…

E como encarar o desafio no país líder de lipoaspiração e plástica? Onde silicone virou tão banal quanto colocar um brinco e é possível aplicar hidrogel logo ali na esquina?

Na verdade, simplicidade é a palavra-chave, pelo menos para mim.

Quero esclarecer que sou extremamente vaidosa e não tenho por hábito sair sem uma boa maquiagem e um cabelo arrumado.

Desde a mais tenra idade aprendi a investir em qualidade de vida para investir no visual… Investir em uma boa alimentação, equilibrada, com direito a excessos, para não deixar de ser divertido. Investir em protetor solar e cremes, não os mais caros, nem os últimos lançamentos, apenas manter a pele hidratada e bem cuidada. Investir em água – recentemente comprei um filtro de barro, daqueles de antigamente, bem baratinho, e descobri que a água fica com gosto e frescor divinos. Investir em exercícios físicos, não ficar parada… Investir em sonhos!

Mudar de ideia e opinião! Mudar até de carreira, se for o caso! Quantas vezes for necessário! Parafraseando Raul: Prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter opinião formada sobre tudo!

Ter bom humor é fundamental! Assim como se adaptar fisicamente aos desafios que surgem…

Quando ouço “Mas você não parece ter a idade que tem!” é claro que fico envaidecida, mas me pergunto, qual é a minha idade?

Vivi a experiência dolorosa e doce de me tornar madura, criei filhos maravilhosos, perdi entes queridos, arregacei as mangas quando a situação exigia, e agora, quando a vida está me dando a oportunidade de curtir marido e arte, posso dizer que “na minha época…” ainda é um tempo presente…

Pretendo continuar vestindo shorts e calça jeans enquanto eu e meu espelho gostarmos, não para me sentir mais jovem, apenas para ser eu mesma, sem idade definida, Forever Young!

FOTO PERFIL Synnove

Synnöve Dahlström Hilkner É artista visual, cartunista e ilustradora. Formada em Comunicação Social/Publicidade e Propaganda pela PUCCAMP. Desde 1992, atua nas áreas de marketing e comunicação, tendo trabalhado também como tradutora e professora de inglês, com ênfase em Negócios. Nascida na Finlândia, mora no Brasil desde os 7 anos e vive atualmente em Campinas com o marido, com quem tem uma empresa de construção civil. Tem 3 filhos e 2 netas. Desde 2011 dedica-se às artes e afins em tempo quase integral – pois é preciso trabalhar para pagar as custas de ser artista – participando de exposições individuais e coletivas, além de salões de humor, especialmente o Salão de Humor de Piracicaba, também faz ilustrações para livros.É do signo de Touro e no horóscopo chinês é do signo do Coelho. Contribui para o Belas Urbanas com suas experiências de vida.
 
OBS.: O quadro acima: As 3 idades da mulher/ de Klimt.
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Ser forever young é uma escolha. Você é. Ou não.

Tenho 43 anos e descobri isso há muito pouco tempo.

Eu vivia em sessões de quiropraxia e pilates – que me ajudavam demais! – pois eu vivia com as costas travadas. Ano passado comecei a ter intolerância a muitos alimentos, principalmente àqueles que eu mais adorava. Café, chocolate, doces em geral e o GLÚTEN. O famoso glúten, o coitado que virou o grande vilão do século. Fiz uma dieta extremamente restritiva que melhorou muito meu mal-estar, inchaço e enxaquecas. Acabei perdendo alguns quilinhos e fiz uma reeducação alimentar bem bacana.

Eu estava fazendo tudo o que me foi recomendado, mas eu continuava sentindo muito cansaço e desânimo. Me irritava com extrema facilidade e frequência.

No início desse ano meu casamento acabou. Foi um choque.

Então eu resolvi que essa decisão, que foi tão dura para ambos, só faria sentido se fosse para o bem de todos. Hoje eu acredito que todas as adversidades que enfrentamos, são oportunidades de crescer e amadurecer que a vida nos oferece. E eu até acho que nem temos o direito de fingir que essas oportunidades e avisos não estão batendo à nossa porta, só para podermos continuar reclamando e sentindo pena de nós mesmos.

Eu escolhi ser forever Young. Porque as dificuldades reais da vida já são suficientes. Não precisamos complicar mais.

E assim já me permiti realizar alguns sonhos antigos. Por mais bobos que eles pareçam ser, é tão gostoso realizá-los! Eu pulei de paraquedas, eu fiz uma tatuagem.

Pular de paraquedas é a maior sensação de liberdade que podemos ter. A queda livre é um momento de muita paz, de desprendimento e liberdade. É indescritível.

Minha tatoo é uma linda lótus. Levou 5 meses para ficar pronta, doeu muito, mas eu amei!

Hoje faço treinos físicos regulamente. 2x por semana com personal e voltei a correr. A preparação física me permitiu voltar a correr, o que eu não fazia desde o tempo da graduação. Hoje corro 3 x por semana e me sinto tão bem, como há muitos e muitos anos não me sentia.

Não sei quais são os desafios que a vida ainda me reserva, mas espero poder compreendê-los com humildade e sabedoria. Forever Young.

noemia

Noêmia Watanabe – é Graduação em Química (Unicamp) 90-94, Mestrado em Engenharia de Mecânica (Unicamp) 95 – 96, Doutorado em Química (Síncrotron/Unicamp) 97-2000, trabalhou como Química no Sincrotron de 2001 a 2004 é sócia fundadora desde 2006 da Condutiva Tecnologia e exerce a função de Diretora de Novos Negócios