Vivia enjoada, na estrada, na curva, no carro, no balanço, na rede…
Sempre foi assim, mas, mas, mas…
As vezes repetia as frases porque o enjoo batia no seu cérebro
e as palavras rodavam na sua boca
Aprendeu o equilíbrio fora do eixo.
Um equilíbrio desequilibrado,
fora da linha reta.
mas, mas, mas, vivia enjoada.
Torta, bamba,
com um nó na garganta
no labirinto
com medo de encontrar o Minotauro
ou talvez
medo maior
de descobrir
que o Minotauro era ela
Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde faz curadoria dos textos e também escreve. Publicitária. Curiosa por natureza. Divide seu tempo entre seu trabalho de comunicação e mkt e as diversas funções que toda mulher contemporânea tem que conciliar, especialmente quando tem filhos. É do signo de Leão, ascendente em Virgem e no horóscopo chinês Macaco. Isso explica muita coisa.
Uma vez ele me levou para o primeiro dia de aula na faculdade E lutou para dar as costas Eu já sabia
Uma vez ele me levou para o aeroporto E testemunhou eu desaparecer na multidão Eu já sabia
Uma vez ele me levou para a primeira festa E fingiu que ia pra casa descansar Mas não conseguiu pensar em mais nada Eu já sabia
Uma vez eu passei no vestibular E ele vibrou mais do que eu Eu já sabia
Uma vez, ou melhor, muitas, eu o chamei na escola E ele deixou de ir no trabalho por isso Eu já sabia
Tantas foram as noites Que para ele foram dias Por conta de uma tosse boba minha E eu com certeza já sabia
Uma vez ele viu meus primeiros passos Eu não sabia Mas já sentia E ele tinha certeza
De que seríamos nós dois contra o mundo Para sempre Que ele faria eu ser Quem quer que fosse a mulher que eu me tornaria E hoje eu sou amor Carinho Paciência Amizade Doçura (E graças a ele, claro, uma exímia dançarina) Porque é isso que ele me ensinou Ensinou, não – mostrou Todos os dias
E esse tempo todo eu já sabia Eu sempre soube Que ele seria a razão Pela qual não teria medo Pela qual eu cresceria Pela qual eu nunca me sentiria sozinha Pela qual eu realmente nunca estaria sozinha
Feliz dia dos pais Para aquele que merece Fogos Festas Parabenizações Mérito Agradecimentos O mundo Todos os dias
Giulia Giacomello Pompilio – Bela Urbana, estudante de engenharia mecânica da UNICAMP, participa de grupos ativistas e feministas da faculdade, como o Engenheiras que Resistem. Fluente em 4 idiomas. Gosta de escrever poemas, contos e textos curtos, jogar tênis, aprender novos instrumentos e dançar sapateado. Foi premiada em olimpíadas e concursos nacionais e internacionais de matemática, programação, astronomia e física, além de ter um prêmio em uma simulação oficial da ONU
Amor é jazz nova-iorquino. Um hino. Contratempos graves marcam o rítmo. Assim dedilhado, com cuidado e sem medo.
Saltam delicadamente, os amantes, entre teclas pretas e brancas de um piano. Oh! Abraços! Quentes confortáveis. Som dos metais a anunciar o refrão: Dancing cheek to cheek! Oh! I’m Heaven!
Oh, amar! Nada mais é que enxergar a si próprios na menina dos olhos da pessoa amada. E neste poço se afogar. Sem ar. Morrer até viver. Todo amor é Narciso.
Para um amor é necessário estar por inteiro. Alma gêmea é o espelho. É a descoberta da nossa música.
Leitor (a), você já esteve na neve de Nova Iorque? Eu não.
Por enquanto fico no calor. Procurando por um cheiro no cangote. Um baião de dois. E danço xote com a garrafa de Corote.
Liliane Messias – Bela Urbana, é pagadora de profissional: bancária. Cresceu na hoje vacinada cidade de Serrana-SP. Fez Letras em Araraquara. E adora dançar.
Eu me formava na faculdade naquele final de ano. Precisava participar de algumas reuniões no campus da PUCC e minha única alternativa era levar duas crianças comigo, já que não era hora da escola delas.
Os dois meninos eram meus filhos. Fui mãe, pela primeira vez, aos 18 e nunca parei de estudar. Tudo foi aos tropeços, mas sempre contei com muita ajuda e estímulo, para poder me formar. A essa altura, meus filhos já estavam com 9 e 7 anos e adoravam aquela viagem até o campus. Era uma aventura! Estrada, mãe nervosa, “vai mãe, você consegue”, era a frase que eu mais ouvia. Dirigindo um escort vermelho, já velho naquele ano de 1991, chegava eu e eles na reunião de “projeto experimental”, espécie de tcc para os formandos em comunicação social. Enquanto eu discutia com colegas e professores os pormenores da nossa agência fictícia de propaganda, ficava de ouvido nos meninos que corriam e riam do lado de fora. A estrutura de concreto do campus 1, cheio de escadas e corrimãos, era um parque de diversões para eles. Algumas vezes, é claro, as risadas davam lugar ao choro e eu precisava sair às pressas da reunião para providenciar curativos.
O escort vermelho, funcionava bem depois que pegava. Até chegar em uma esquina qualquer e morrer por afogamento ou só por morrer mesmo. Os carros de trás buzinavam, os meninos riam e o mais velho sempre dizia coisas do tipo “vai mãe, ele espera”. O carro me deixava na mão nas horas mais improprias. Certa vez, na estrada, eu na faixa da esquerda, ele engasga, o carro, eu apavorada. Os meninos pararam de se bater e rir, pressentindo o risco e, por milagre, o carro volta a funcionar e conseguimos chegar em casa, sãos e salvos. Consegui me formar publicitária no final de 91.
Foram anos com aquele escort velho, eu e duas crianças, indo para a escola, voltando. Eu, trabalhando, criando (peças de comunicação e crianças), vai no cliente, vai na gráfica, pega orçamento, leva para aprovar. Anos de hiperinflação, tensão. O marido trabalhava e estudava também, então os meninos ficavam a maior parte do tempo comigo, fora do horário da escola.
Alguns anos depois, passei a sentir uma queimação na boca do estômago, a tensão de correr atrás de orçamento, cliente, aprovação, pagamento, antes que a inflação da semana seguinte abocanhasse o pequeno lucro que poderia haver. Não tinha lucro e minha correria parecia em vão. A dor no estômago, era, na verdade, mais que tensão, era outra vida sendo gerada.
Ao descobrir que estava grávida, eu e meu marido paramos para avaliar as nossas possibilidades. A empresa dele valia o investimento de tempo de nós dois e eu teria mais tempo com os filhos.
Em 1995, uma semana antes do temporãozinho nascer, o escort velho deu lugar a um corsa zero, vermelho.
Quanta alegria. Provas de morro eram fichinha, a torcida do banco de trás não precisava mais me falar as frases de incentivo, nada de perrengue nas estradas, motoristas vizinho me tratavam com a indiferença que eu sempre sonhei.
Aquelas lindezas de crianças preenchiam todos os espaços, físicos e sonoros. Os olhos sempre brilhando quando saíamos no carro. Sim, pelas minhas regras, a gente podia cantar, a altos brados, as músicas que tocavam no rádio e no toca-fitas. Aquele corsinha também teve suas histórias.
E meus bunitinhos sempre me incentivaram a ser a mãe, mulher, profissional, a melhor que eu pudesse ser.
O tempo passou, os carros mudaram, os meninos cresceram, estão formados. Os mais velhos hoje são pais de crianças maravilhosas, alegres e inteligentes.
E eu continuo me formando a cada dia, a cada ano, a cada nova experiência de vida. Só o que posso fazer é agradecer, todos os dias, por nós estarmos todos bem e com saúde, nesse ano 2 da pandemia.
Cuidem-se! Fiquem bem!
Synnöve Dahlström Hilkner – Bela Urbana, é artista visual, cartunista e ilustradora. Nasceu na Finlândia e mora no Brasil desde pequena. Formada em Comunicação Social/Publicidade e Propaganda pela PUCC. Desde 1992, atua nas áreas de marketing e comunicação, tendo trabalhado também como tradutora e professora de inglês. Participa de exposições individuais e coletivas, como artista e curadora, além de salões de humor, especialmente o Salão de Humor de Piracicaba, também faz ilustrações para livros. É do signo de Touro, no horóscopo chinês é do signo do Coelho e não acredita em horóscopo.
Há pouco menos de 500 anos o calendário era outro, o ano se iniciava no final de março com a chegada da primavera no hemisfério norte e outono para nós, abaixo da linha do equador.
A partir de 2020, aqui no Brasil começamos uma nova contagem de tempo que acaba de completar um ano, um ciclo.
Certa vez, um amigo me disse que sempre após um evento marcante em nossas vidas deveríamos esperar um ano para avaliar com clareza e realidade como estamos, pois, como ele disse, após um ano teríamos experimentado viver a “primeira vez” de várias situações.
Agora que acabamos de retornar ao mesmo ponto da órbita solar que estávamos quando fomos colocados à prova em nossa imensa capacidade de adaptação, aceitação, superação e esperança, vejo que estamos tendo a chance de fazer pela primeira vez em uma segunda vez.
Eu ainda não, pois nasci em dezembro, mas alguns de vocês ou seus filhos já comemoraram o segundo aniversário nesta nova dinâmica, outros estão experimentando novos formatos e modelos de convivência e relacionamento.
O convite aqui é para refletirmos e percebermos como somos capazes de aprender e ensinar mesmo nas situações mais adversas da vida. Não quero romantizar, nem dramatizar o que estamos vivendo, longe disso. Proponho apenas que cada um olhe para o seu “mundo” e perceba a oportunidade que estamos tendo de rever tantas variáveis e fatores em tão pouco tempo. Quantos processos individuais e coletivos foram catalizados nessas quatro estações.
O que será que foi pior, aquilo que aconteceu e queríamos ter evitado ou aquilo que não desejávamos e simplesmente aconteceu. É aí que entra a diferença entre conformismo e aceitação, quando acessamos um lugar de paz e leveza em nosso coração, onde a dor, o medo e a insegurança não existem.
Será que quando algo acontece em nossa vida é realmente a primeira vez?
Embora digam que um raio nunca cai no mesmo lugar, algumas teorias dizem que “tudo acontece duas vezes”. Primeiro na nossa mente e depois na realidade. O jogador de basquete Michel Jordan dizia que antes das partidas mais importantes da sua vida, ele “imaginava” algumas jogadas e “magicamente” no dia do jogo elas aconteciam exatamente como ele havia imaginado.
Pensando assim, podemos contribuir com a realidade imaginando soluções, caminhos e pontes para nos conectar com a sociedade e o mundo que queremos, para que quando ele existir tenhamos a sensação de estamos vivendo a primeira vez pela segunda vez.
Flávio Oliveira – Belo Urbano, pai da Júlia, Terapeuta Integrativo, Facilitador de Grupos de Homens e um apaixonado por Filosofia, Poesia e Astronomia.
Eu acordei. Abri os olhos, mas não quis me levantar. Puxei o celular da mesinha de cabeceira e vi que muitas mensagens chegaram durante a madrugada.
Ninguém dorme? O sono é um opioide salvador e necessário. Mas, quem descansa? Quem tem paz quando se é refém do ar que respira? Quem relaxa por oito horas como se o amanhã fosse um lugar seguro? Quem se levanta da cama de primeira em 2021 sem antes refletir sobre todos os acontecimentos das últimas 24 horas?
Eu me perco nos meus pensamentos e quando, de fato, presto atenção no relógio, sobra pouco tempo para fazer as coisas de forma espaçada. Eu devo tomar o café em frente ao computador, permanecer com a câmera desligada enquanto o edema das olheiras não passa pelo choque do creme, filtro solar e uns beliscõezinhos nas bochechas que uma influencer sugeriu para parecer mais saudável.
Não me sinto saudável.
Há um ano não ando tranquila, não caminho no sol, não passeio, não abraço uma amiga, não consolo, nem sou consolada.
Há um ano os planos foram desprogramados e no horizonte não se vê uma probabilidade segura de realizar nada que envolva o tremular dos horizontes: as fronteiras estão fechadas, estamos cercados. Me sinto cercada, enclausurada, imobilizada.
Há um ano minha vida se desvenda entre muitos amanheceres nas janelas quadradas do meu apartamento, compartilhado com marido e dois filhos adultos. Ocupamos os espaços de um lar que foi pensado para momentos especiais, agradáveis, mas nunca para todos os momentos de 365 dias multiplicados pelos interesses e razões de quatro pessoas independentes.
Os sentimentos são assim dicotômicos, antagônicos e, apesar de toda carga de intolerância sobre as palavras escritas, há também uma dose cavalar e consciente de gratidão, porque o pulso ainda pulsa, porque a cabeça ainda gira, porque entre nós, reina um privilégio que sabemos que foi negado a tantos outros.
Essa luta de realidades verdadeiras e limitantes provoca um cansaço extremo, que beira a síncope do caos. A minha sensação é estar vivendo em uma maratona infinita, com a linha de chegada distante (quase utopia) e no percurso tem obstáculos e riscos permanentes.
A angústia é certa. Os sentidos estão todos sôfregos. Pelas telas vimos faltar ar e consciência, enquanto sobra medo e inconsequência…
A vacina seria para os maratonistas mais otimistas um aceno da bandeira. Mas, não é ainda acessível para todos e no ritmo que seguimos, muitos não terão a chance de avistá-la. Sinto raiva de quem desdenha da vida dessa forma, mais ainda de quem dificulta a cura e se entorpece com a morte dos outros.
Próximo a mim nunca faltam máscara e álcool em gel, não abro mão de cuidados que são antes de tudo, um gesto de respeito e carinho com a humanidade toda.
Guardei a esperança e o desespero na mesma gaveta. Organizo todos os dias, à medida que faço uso de suas propriedades, para que não se misturem, para que se preservem enquanto durarem os estoques. Torço para que o desespero acabe primeiro e reste ainda esperanças…
Na manhã de hoje, o pensamento que me segurou na cama foi de que eu sei quem eu era antes da pandemia chegar, mas não sei, nem tenho ideia, de quem eu serei no dia que anunciarem que ela se foi.
Dany Cais – Bela Urbana, fonoaudióloga por formação, comunicóloga por vocação e gentóloga por paixão. Colecionadora de histórias, experimenta a vida cultivando hábitos simples, flores e amigos
Você me perde, cada dia um pouco. O luar vai sumindo.
A certeza que o fim é o melhor caminho, dói.
O fogo está apagando e o que sinto no coração, é a certeza do não, só que algo não combina, poque no sonho eu queria,
queria as mãos dadas, a pele encostando, queria caminhar na mesma direção, queria seus olhos brilhando tão intensamente como os meus.
Mas, mas, mas, a letargia
Mas, mas, mas, o vício
Mas, mas, mas, a solidão
Mas, mas, mas, cada hora um mas
Mas a vida vai passando
rápida
e eu enxergo os meus sonhos ficando longe
Como se o mar me puxasse para dentro
e os sonhos ficando… longe
e você nada, nada,
NADA E VOLTA (grito)
NADA com todas suas forças
Acha aí dentro de você (a força)
Mas nada….
eu começo a ter forças e nado, devagar
sabendo o perigo de me afogar com você
mas é devagar porque não quero te deixar
mas quero viver, então começo a nadar, devagar, e começo a aumentar o ritmo
Eu sei que esse ritmo vai aumentar ainda mais
e eu penso, berro, na minha cabeça
NADA NADA NADA
e nada vejo, nada, nadinha
talvez seja a hora de acordar, acordar desse sonho
Porque está passando do ponto
Virando pesadelo, com ursos no meio da estrada
Você com medo
Eu com medo também, mas firme, quero caminhar para frente,
Alguém tem que estar são
Seguro na sua mão, você tem muito medo, pânico
Se fechou nesse mundo
De segredos, de medos, de vícios, de dores
Mundo pequeno e o mundo é tão grande…
Queria te mostrar, mas você não quer ver.
Eu NADO
Você NADA.
Adriana Chebabi – Bela Urbana, idealizadora do blog Belas Urbanas onde faz curadoria dos textos e também escreve. Publicitária. Curiosa por natureza. Divide seu tempo entre seu trabalho de comunicação e mkt e as diversas funções que toda mulher contemporânea tem que conciliar, especialmente quando tem filhos. É do signo de Leão, ascendente em Virgem e no horóscopo chinês Macaco. Isso explica muita coisa.
Parecia até soberba, indiscreta ou
maliciosa. Era nada.
Era um turbilhão de medo e desafio.
Os anos passando até pelos dentes,
os cabelos deslocados, maçãs do rosto quentes
e molhados versos.
Andava cansada e dizia isso em
silêncio todos os dias quando estava no chuveiro,
aquele momento único em que podia
desmoronar um pouquinho.
Era ansiedade e medo… Ou só cansaço.
Tudo o que mais queria era que mãos
confiáveis lhe tirassem os sapatos e as meias.
E que ao olhar para a bunda dela
sentisse tesão de carinho, de vontade de amor,
daquele amor que não julga o corpo
pela estética, daquele que julga cada cicatriz ou marca de forma poética.
Ser vista além dos detalhes finos,
brutos, marcados pela idade ou leves.
Por tudo!
Olhos sem censura, olhos sem
manobras registradas, olhos de feiticeiras águas.
E uma massagem nas costas… Ah…uma massagem no ego.
Ela merecia…
Poder ouvir baixinho no ouvido um
sussurro:
“amo cada detalhe do teu
corpo cansado”.
Era tudo o que ela queria…
Siomara Carlson – Bela urbana. Arte Educadora e Assistente Social. Pós-graduada em Arteterapia e Políticas Públicas. Ama cachorros, poesia e chocolate. @poesia.de.si
Que muitas vezes se transforma em duas e em “dois”, de pai e mãe.
Que suporta as dores da vida com solidez de algo másculo e que mesmo assim, é capaz de sorrir para a vida, sem deixar as amarguras vividas abater o teu semblante de esperança constante.
Viva a essa mulher artista!
Nós homens, somos conquistados pelo seu carinho, seu jeito e não conseguiríamos viver sem você no mundo inteiro, como mãe, namorada, esposa, amiga e guerreira de um mundo pandêmico, se inventando e reinventando aos mares da vida econômica, a dois ou a sós, mas sempre com verdade estampada no peito.
Sim, é preciso ter peito!
É preciso ter voz!
É preciso ter coragem para ser MULHER!
Mulher não é somente geradora, é energia da vida, é raça, é sangue e é coração!
E que coração!
Aquele que guarda de tudo e mais um pouco nos refazeres e desprazeres da vida.
Que se monta de beleza e por dentro é fortaleza, embora não saibam algumas, que a luz do sol faz-se brilhar muito mais diante de tanta grandeza.
A humanidade sem a mulher eu não sei, mas mulher na humanidade é tudo!
Sim, essa humana de tantos papeis de uma só.
Ela existe para uma humanidade sã de coração e razão, para nos encantar com seu olhar de aconchego, num mundo que anda cada vez mais complicado, desarticulando todo o medo.
Mulher é música, pintura, cheiro, café e fé!
Fernando Dassi Bonin – Belo Urbano. Professor de música e de artes. Músico. Cantor. Ator. Diretor. Sua graduação é Música Licenciatura, Arte-Educação e tem como hobby viajar, cozinhar e ama a natureza. É um verdadeiro aprendiz da Vida.
É o tempo de se vestir com uma fantasia engraçada. Que cobre o corpo todo. Ou não. É tempo de se divertir. Tempo de ir pra rua, de fazer farra. De passar tempo com quem se ama. De viajar. De dançar até o chão sem julgamento. De vestir o que quiser. De festa. De celebrar a diversidade. O exótico. O país. A beleza. De enlouquecer.
Das mulheres se sentirem empoderadas. Bonitas, sexys, confiantes. Glamurosas, brilhantes. Pra que elas dancem sem medo. Mulher alguma vez fica sem medo?
Tempo de as pessoas serem quem quiserem. Tempo de não julgar. De brilhar e de vestir a roupa que teve medo de vestir o ano todo. Tempo de a comunidade LGBTQIA+ se expressar. Sem medo. Eles também alguma vez não sentem medo?
Ou de ficar em casa. Vendo o desfile na TV. Ou vendo um filme qualquer e fingindo que o Carnaval nem está aí. De olhar a rua da janela. De torcer pela sua escola. Ou não. De por o sono em dia. Ou os estudos. Do que for mais confortável. Mais alegre. Ou prioridade? Mais seguro?
Porque é isso que o Carnaval é. Tempo de escolher ser e fazer o que quiser.
Giulia Giacomello Pompilio – Bela Urbana, estudante de engenharia mecânica da UNICAMP, participa de grupos ativistas e feministas da faculdade, como o Engenheiras que Resistem. Fluente em 4 idiomas. Gosta de escrever poemas, contos e textos curtos, jogar tênis, aprender novos instrumentos e dançar sapateado. Foi premiada em olimpíadas e concursos nacionais e internacionais de matemática, programação, astronomia e física, além de ter um prêmio em uma simulação oficial da ONU.
Belas Urbanas são mulheres de verdade que têm a vida corrida, que são éticas, que ajudam o próximo, transformam o mundo em um lugar melhor. Belas Urbanas fazem compras no supermercado, levam filhos no médico, se divertem com os amigos e ainda namoram.O conteúdo deste blog é composto por contos, poesias, reflexões, dicas. Enfim, tudo que faz parte do dia a dia de uma Bela Urbana contemporânea.
Os contos aqui expostos são fictícios. Queremos trazer reflexão, inspiração e diversão. Sejam muito bem-vindos.