57 anos de vida ! 20 anos de estudos ! 37 anos de trabalho ! 20 anos que sou pai ! 30 anos fui casado !
Vivi todos estes dias como se fossem os últimos. Amei a primeira vez como se fosse o único. Aprendi todos estes dias como se fossem os últimos. Compartilhei todos estes dias como se fossem os últimos. Me Relacionei todos estes dias como se fossem eternos.
O que faz o tempo passar e você acreditar na vida são os relacionamentos que você construiu e a intensidade com que você viveu tudo.
Através deles você tem as alegrias, as tristezas, o crescimento e, principalmente, o seu tempo dedicado às pessoas.
Relacionar-se e viver intensamente é sentir que a sua vida valeu cada minuto.
Antônio Pompílio Junior – Belo Urbano. Graduado em Análise de sistemas pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas . Pós-graduado em Gestão de Empresas pela UNICAMP e MBA Gerenciamento de Projetos E-Business pela FGV-RJ . Adora esportes, viagens e luta pela liberdade da vida e pelo amor das pessoas.
Depois veio a faculdade, onde o conhecimento tornou-se o aplicativo da esperança.
Depois me senti só, num mundão novo, onde o trabalho tornou-se o aplicativo da realização.
Depois a nova família trazendo o aplicativo do amor incondicional.
E os anos se passaram e o aplicativo que nos transformava em pessoas diferenciadas ficou dúbio.
E hoje precisamos mais do que nunca do aplicativo, não aquele que destrói, que nos torna um produto, mas aquele que nos salva, que nos alimenta, que nos permite ter liberdade de escolha e tempo pra viver.
Antônio Pompílio Junior – Belo Urbano. Graduado em Análise de sistemas pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas . Pós-graduado em Gestão de Empresas pela UNICAMP e MBA Gerenciamento de Projetos E-Business pela FGV-RJ . Adora esportes, viagens e luta pela liberdade da vida e pelo amor das pessoas.
Todos nós possivelmente conhecemos ou tivemos contato com
uma mulher que já vivenciou violência doméstica ou viveu um relacionamento
abusivo.
Esse tema que tem sido cada dia mais evidenciado em nossa
sociedade é realidade há muitos anos e felizmente tem despertado uma voz para o
combate contra esse tipo de experiência vivido dentro de muitos de nossos
lares.
Um relacionamento abusivo é capaz de deixar marcas irreversíveis não só para a vítima, mas também nos filhos e familiares que muitas vezes convivem com este cenário.
Mas e quando a vítima está no nosso ambiente de trabalho?
Quando a vítima é a nossa colega de trabalho que todos os
dias se senta ao nosso lado e compartilha as tarefas da empresa?
Quando a vítima é o seu liderado e você precisa que ele produza e dê
resultados?
Qual o papel da empresa diante desse problema?
Ainda ouvimos muito “Que os problemas de casa ficam do lado de fora quando se chega na empresa e os da empresa não se levam para casa”.
Esse famoso jargão utilizado muitas vezes por chefes e
profissionais é uma realidade totalmente ilusória quando falamos de pessoas.
É impossível deixar nossos pensamentos e esquecer nossos
problemas num simples passo de mágico ao bater o nosso ponto e voltarmos a vida
quando encerramos o nosso expediente.
Quando se vive um relacionamento abusivo, nenhuma mulher
simplesmente deixará de lembrar da violência que sofreu e passar todo o período
de sua carga horária sem pensar no que a espera ao retornar para casa no final
do seu expediente.
Uma organização é feita de pessoas, pessoas que possuem seu
gênero, classe social, crenças. Pessoas que tem sentimentos, que sofrem, que
possuem seus problemas pessoais fora do ambiente de trabalho.
É extremamente importante que as empresas despertem um olhar
humanizado para cada um de seus colaboradores e se conscientizem que investir e
olhar para seu capital humano (pessoas) é essencial e possibilita inúmeros retornos
positivos para a organização.
Ainda são poucas as empresas que olham para o que acontece fora
do ambiente de trabalho com seus colaboradores, principalmente quando o assunto
se refere-se à violência contra as mulheres.
Uma pesquisa realizada pela Talenses Group, em parceria com a
Rota VCM e o Movimento Mulher 360 (MM360), identificou que 68% das
companhias acreditam que esse é um problema que deve ser encaminhado
internamente, entretanto, a mesma porcentagem não possui políticas e ações para
apoiar funcionárias vítimas de violência doméstica.
Tanto o RH, quanto os gestores precisam estar preparados e saber
como agir nessas situações e o apoio é fundamental na ajuda ao colaborador.
É preciso iniciar um processo de mudança de cultura na empresa.
O primeiro passo é conscientizar gestores e líderes a se
preocupar e olhar para cada colaborador com cuidado e verificar a possibilidade
de sinais de abuso que suas colaboradoras possam estar sofrendo.
Nem sempre a queda na produtividade estará relacionada a desmotivação
profissional e é possível que esse comportamento indique que o colaborador
possa estar passando por problemas pessoais que tem interferido na sua vida
profissional.
As empresas precisam iniciar um processo de sensibilização e
treinamento das lideranças e equipe sobre o tema para que as vítimas se sintam
seguras e possam buscar apoio e auxílio na própria empresa sem críticas ou
julgamentos.
Não apenas o RH, mas as lideranças precisam estar preparadas
e dispostas a olhar para o seu colaborador como um ser humano e transmitir a
eles que podem encontrar na empresa e na sua liderança apoio e compreensão em
relação as questões que não ocorrem apenas no ambiente de trabalho.
O colaborador precisa encontrar na liderança não só apenas
um orientador em relação as atividades desempenhadas e saber que além da espera
de resultados ele também pode encontrar na empresa um ambiente de apoio e
compreensão nas suas questões humanas.
No caso do assédio além dos conflitos internos que a
colaboradora enfrenta como o medo do agressor, existe a vergonha que muitas
vezes a impede de falar sobre o assunto.
Em muitos casos pode até ocorrer que a vítima deixe o trabalho por medo do
julgamento ou vergonha o que pode piorar ainda mais a sua situação.
É preciso muito cuidado ao tratar desse tema e a empresa tem
que estar preparada para dar apoio psicológico para sua colaboradora, além de
orientações ao que ela pode e deve fazer orientando sobre leis e criando políticas
internas para acompanhamento dessa colaboradora.
É extremamente importante que a colaboradora se sinta segura
e amparada pela empresa de forma a entender que embora a situação que ela vive não
esteja ligada ao profissional e sim sua vida pessoal a empresa se preocupa e
ela pode contar com o seu apoio.
Precisamos desmitificar a ideia de que “Em briga de
marido e mulher ninguém mete a colher”, principalmente quando falamos de
violência e abuso contra a mulher.
Em uma sociedade que cada dia mais busca sua igualdade e direitos, onde falamos de empatia e olhar para o próximo é impossível não se ter uma visão cada vez mais humanizada dentro do ambiente corporativo.
Precisamos entender que cada colaborador é um bem extremamente valioso que deve ser cuidado e valorizado e que todo investimento pessoal é fundamental para o sucesso de toda organização.
Aline Pestana – Bela Urbana. Gerente Administrativa, com atuação na área financeira e Recursos Humanos. Mãe, esposa, cristã, de um coração enorme e sempre aberta a ouvir e ajudar o próximo. Tem como paixão decorar festas e organizar eventos. Não desperdiça uma oportunidade de viajar com a família e acredita que exemplo, momentos e lembranças é o que de mais valioso podemos deixar aos nossos filhos.
O ser humano cria uma corrida entre nações, entre empresas, entre
institutos e pesquisas. Entre pessoas que não sabem que competem. Nosso
paradigma é da competição. A competição por quem publica primeiro, inventa
primeiro, vende primeiro, pensa primeiro, twita primeiro. Evoluímos com isso?
No início da nossa história, enfrentamos animais maiores,
tempestades gigantescas e grande carestia. Era preciso nos mover de local
em local atrás de sobrevivência. Muita energia para pouco resultado. Hoje temos
conforto do delivery, conversamos a longas distâncias sem sair do lugar.
Acumulamos energia em gordura e nossos inimigos são microscópicos, não os
vemos. Apenas somos abatidos nessa competição pelo que não ganhamos, um tal
mercado é quem lucra. Evoluímos afinal?
Acredito que se mandamos câmeras filmar astros distantes, ao passo que
nosso olhar consegue detectar partículas sub-subatômicas para
compreendê-las, porque não propor um paradigma oposto ao da competição, do
lucro, da corrida pela dianteira? Porque não deixar fruir novos pensamentos que
nos tornem mais unidos, solidários e colaborativos?
Ideias nos prendem conservando paradigmas de séculos atrás em áreas da ciência fundamentais como a sociologia, a economia, a cultura. Temos um preconceito (que nos é ensinado, lembre) que nos mantém presos a dicotomias, a oposições que competem, mas que não existem mais. Porque, então, não deixar a ciência humana tão livre como a ciência espacial para voar? Que banco (ou dono do mundo) que lucra com a covardia conservadora, apenas para não perder seu capital, num novo sistema humano de colaboração e partilha?
Acredite, pessoas estão pensando nisso agora e sendo caladas.
Não proponho a partilha do capital ou dos meios de produção (uma ideia
de quase 200 anos atrás). Mas algo mais moderno: uma partilha da nossa vivência
com a natureza, com os outros seres humanos, com o conhecimento que habita em
nós em partículas, e que quando partilhado se torna a sabedoria divina. O
conhecimento ancestral e fundante que é tão moderno quanto eficáz e que surge
apenas nos seres desprovidos de competição e de lucro. Não há monstro gigante
nem vírus microscópico que resista ao poder da união dos humildes.
Comece você, partilhando nas redes o que tem de melhor. Faça uma live
para sua rede e sorria para seus amigos. É simples ensinar o que você sabe e
debater o que pensa. Comece e partilhe alguma cura. Nosso inimigo é nosso ego,
que nos cega para o óbvio: Não temos, somos. E somos apenas juntos.
Pense nisso.
Crido Santos – Belo urbano, designer e professor. Acredita que o saber e o sorriso são como um mel mágico que se multiplica ao se dividir, que adoça os sentidos e a vida. Adora a liberdade, a amizade, a gentileza, as viagens, os sabores, a música e o novo. Autor do blog Os Piores Poemas do Mundo e co-autor do livro O Corrosivo Coletivo.
Tive uma longa conversa comigo… Não que isso seja inédito, pelo contrário. Vira e mexe eu me pego travando diálogos internos, trazendo para argumentação críticas e insights recolhidos das minhas experiências, também das artes, dos livros, das peças e das pessoas que eu ouço aqui e ali… Mas, dessa vez a motivação é nova: isolamento social (imposto pela pandemia covid19). De um lado, o medo. Do outro, a responsabilidade pelo coletivo. Ou, num rompante filosófico: EU e OS OUTROS. Dizer também que esse dilema nunca me alcançou, não é verdade. Mas, tomá-lo agora como uma regra eleita e crucial para o bem estar da maioria, é novidade. Eu me questiono, sem nenhum compromisso: Como ficam os desejos burgueses de dar rolê no shopping para olhar vitrines? E, emendo uma questão bem mais relevante: Como faço para proteger a mim e minha família sem prejudicar a diarista que depende desse dinheiro para sobreviver? A resposta seria suspender o serviço e manter o pagamento – seria o justo se eu como prestadora de serviço, também tivesse garantidos meus rendimentos. Numa tacada, de relance, já tenho num contexto ultra restrito um enorme conflito, com várias fontes de angústias. Sem apelar para o romantismo das lições que procuram o lado positivo dos grandes problemas, fico imaginando o vírus de origem oriental, de veloz multiplicação, rompendo continentes, sem cerimônias. Mais do que encarar a nossa vulnerabilidade, física e emocional, me parece o caso de compreendermos, de uma vez por todas, que as fronteiras geográficas são tolices que supostamente nos mantêm seguros. Ironicamente, nesses tempos em que pessoas são impedidas de circular entre países, sem comoção por situações de fome, guerra e domínios ditatoriais que produzem comboios de refugiados – rejeitados, açoitados, humilhados, – um ser invisível atravessa todas as barreiras, em todo o globo, por terra, água e ar, destruindo a saúde, a economia, a força de trabalho, a liberdade… Um vírus. O mapa do mundo pelos olhos do Corona é um todo indivisível, como divertidamente Wislawa Szymborska diz em um poema: (mapas) “um mundo que não é deste mundo” e, no caso da pandemia não há nada de divertido, é triste e cruel. Então, o que nos desperta a solidariedade e a empatia de hoje é o medo da contaminação? É por medo e não por respeito ou responsabilidade que nos fechamos em nossas casas e é exatamente neste ponto que eu me deparo com as hipóteses levantadas por Freud no século passado, quando ele próprio travava suas batalhas ideológicas que opunham ego e mundo e concluiu que somos seres, essencialmente, egoístas e os outros são nossa cortina de fumaça.
Dany Cais – Bela Urbana, fonoaudióloga por formação, comunicóloga por vocação e gentóloga por paixão. Colecionadora de histórias, experimenta a vida cultivando hábitos simples, flores e amigos.
Eu começo o dia lendo notícias ruins nos sites, na TV e logo em seguida, parto para minha energia diária…o site Só Notícia Boa…, lá mostra o lado bom de tudo, inclusive sobre este assunto e aí as informações ficam balanceadas…mas meu coração prefere terminar o momento de atualização “com notícias positivas…o dia fica bem melhor”!
Mas, estou em casa e a minha realidade é o que realmente
importa.
Minha mãe de 83 anos em casa, filhos sem aula em casa e…de repente o WhatsApp toca. Era minha manicure confirmando o horário de amanhã.
Pensamento 1- Meu Deus, eu não posso ir, não posso fazer
isso com minha mãe…será que seria perigoso pra ela? Será que eu seria culpada
se eu passasse algo para ela? E meus irmãos? E minha família?
Pensamento 2- Puxa, como sou egoísta, eu é quem poderia
levar o vírus pra minha manicure, afinal, ela tem uma mãe acamada e corre mais
riscos do que a minha… Ela seria culpada por trabalhar? E o dinheiro dela no
fim do mês? E se alguém da família dela pegasse de mim?
Pensamento 3- Nossa, será que preciso mesmo correr este
risco? Eu não sei se tenho alguma coisa que ainda não apareceu.
Pensamento 4- E meus clientes? Vai aparecer minhas unhas sem
fazer nas reuniões online?
Foi assim minha tarde, uma mistura de sentimentos…às vezes
egoísta, às vezes com medo… e foi aí que o amor e a gentileza falou mais
alto…
Comecei a pegar os ovos, a manteiga, o leite, a canela, a
noz moscada, a ameixa, a farinha de trigo….misturei tudo…, mas achei ainda
faltava alguma coisa especial…coloquei então castanhas e mel, que nem tinha
na receita. Dei um toque final com fermento em pó, muito amor e bons
pensamentos…
Em seguida, untei a forma e coloquei tudo lá dentro. Com o
tempo, o cheiro foi se espalhando pela casa toda e todos perguntando que eu
estava fazendo e a resposta foi… estava fazendo quarentena, cuidando da
família (fiz dois) e fazendo gentileza!
Pode ser que enquanto você esteja lendo este texto, ainda
tenha sobrado um pedacinho de bolo no salão da Paula…
Mas se quiser a receitas, me liga…a gente aproveita, bate
um papo, você passa o tempo e minha quarentena em casa ficará ainda mais
divertida!
Agora, sem unha bonita, mas com muita consciência e muita gentileza!
Roberta Corsi – Bela Urbana, coordenadora do Movimento Gentileza Sim que tem como objetivo “unir pessoas que acreditam na gentileza” e incansavelmente positiva, para conhecer o movimento acesse https://www.facebook.com/movimentogentilezasim
Quando a epidemia do Covid-19 virou pandemia, uma de minhas filhas me perguntou o que era isso e eu como sempre fui ao dicionário buscar primeiro o significado da palavra para começar a explicar a ela, ao ler, fui me dando conta da amplitude de significados para nossa vida aqui no Brasil, com tantas notícias sobre o Corona vírus já sabíamos que outras nações estavam sofrendo seus efeitos de maneiras devastadoras porém era lá, não aqui, não ainda; os dias foram passando e as mudanças para nós aqui começaram, as escolas fecharam, todos os dias uma nova providência a ser tomada, o clube fechou, os parques públicos fecharam, os shoppings vão fechar, a instrução é o isolamento social, as crianças estão sem aula desde o dia 16/03 e ainda no fim de semana uma amiga da minha filha veio dormir aqui em casa e depois no domingo foi a vez da minha filha dormir na casa dela, na segunda-feira já começamos a entender melhor o quê significa isolamento social, portanto expliquei para minhas filhas que não estavam de férias e não era feriado forçado, que as amigas não poderiam mais vir em nossa casa e nem elas saírem para a casa das amigas, as coisas têm acontecido muito rápido, fui ao supermercado bem cedo ontem e encontro filas e filas quando antes no mesmo horário estava vazio, o álcool gel sumiu das prateleiras, apenas alguns dias antes comprei 500ml por R$ 13,00 e agora após muito procurar encontrei em uma farmácia 200ml por R$ 20,00, fui ao hortifruti e não tinha batata, e nem para repor, nunca vi isso em todos esses anos que frequento esse lugar, vi pessoas com máscara e pessoas se afastando das outras, obviamente seguindo as instruções para evitar o contágio, vi medo em meu olhar, vi medo do olhar dos outros.
Ao ouvir um áudio da irmã de
uma amiga que vive na Itália, tive um momento de pânico, ela descrevia um
cenário de guerra que só vi em filmes até hoje e não era uma notícia falsa, não
era filme, o marido dela têm que preencher um formulário e entregar em um posto
policial todos os dias quando sai para trabalhar pois todos estão isolados e
precisam de autorização para sair de casa, o supermercado recebe apenas 5
pessoas por vez e os outros fazem filas do lado de fora, todos de máscaras e
luvas, chegam a esperar duas horas para entrar, durante esses últimos três dias
tenho tentado respirar conscientemente várias vezes ao dia para controlar os
pensamentos em minha cabeça, sou duas o tempo todo: uma que faz suas atividades
normalmente, cozinha, paga contas, limpa a casa, conversa com marido e filhas,
cumpre sua rotina de isolamento imposto e a outra que percebe como um vírus
parou o mundo e se desespera ao pensar nos desdobramentos, nos efeitos a curto
e longo prazo na economia mundial, as
empresas que não resistirão ao impacto disso, as agências de viagem que vão
falir, os pequenos empresários que demitem funcionários diariamente, os
restaurantes que irão fechar, enfim, um efeito dominó que pela primeira vez em
minha vida sou testemunha e tento manter minha sanidade mental para não
transmitir esse sentimento às minhas filhas para fingir que apesar da nossa
vida ter mudado tanto, tudo está bem quando sei que não, nada está bem, é um
momento de pouco controle e por isso sei que é imprescindível manter a sanidade
mental, buscar a qualquer custo a serenidade, cada um à sua maneira e fazer a
minha parte, cumprir as regras de higiene e de isolamento social dentro do
possível e ter esperança em dias melhores, ter fé que algo há a aprender em
toda e qualquer situação e seguir adiante por mais um dia, tentar focar em tudo
o que posso ser grata em cada dia e não sair como uma louca para buscar papel
higiênico e álcool gel em todos os supermercados que encontrar.
Percebo quão frágil podemos nos tornar perante a um vírus, perante a tragédia, percebo como a falta de controle sobre uma situação nos desestabiliza e percebo também a força que temos quando nos agrupamos todos com o mesmo objetivo, outras nações provaram isso como Taiwan, que foram eficientes em controlar o vírus, cada um fazendo um esforço individual, nunca vi uma situação de isolamento se tornar o elo de união entre as pessoas, todos combatendo um vírus e essa lição é a que quero manter em minhas experiências, quero crer que o velho clichê funciona sim, que juntos somos mais fortes, o ser humano precisa de outro para viver, ser feliz e prosperar, isolados sim, sozinhos nunca. Tenho fé que sairemos fortalecidos dessa situação extrema, isso também é aceitar a dádiva de estarmos vivos, aceitar os altos e baixos e fortalecer nossa resiliência.
Eliane Ibrahim – Bela Urbana, administradora, professora de Inglês, mãe de duas, esposa, feminista, ama cozinhar, ler, viajar e conversar longamente e profundamente sobre a vida com os amigos do peito, apaixonada pela “Disciplina Positiva” na educação das crianças, praticante e entusiasta da Comunicação não-violenta (CNV) e do perdão.
Ele pode mudar atitudes, gestos e transformar. Sentimento que envolve as pessoas, une e comove.
É empatia é altruísmo…
É vida.
É amor.
Sentimento que quando intenso, dói.
A sua ausência corrói.
O amor é Capaz de mover montanhas e mudar as estações.
Esquenta no frio e congela no calor.
O amor não tem Explicação.
Ele esta na palavra dita. Está nas promessas. Está nos olhos. Está nos gestos. No ar que respiramos. Na natureza.Na vida. Em Deus.
Faz suspirar e chorar. Faz cativar. Faz doar.
Misterioso sentimento.
Sentimento puramente humano que contagia, penetra e transborda.
Misterioso sentimento Movimento. O amor.
Vera Lígia Bellinazzi Peres – Bela Urbana, 54 anos, casada, mãe da Bruna e do Matheus e avó do Léo, pedagoga, professora aposentada pela Prefeitura Municipal de Campinas, atualmente diretora da creche: Centro Educacional e de Assistência Social, ” Coração de Maria “
Me encanta a fala profunda, além dos clichês e estereótipos, o diálogo. Me encanta o olhar acolhedor e aberto. O ouvido atento ao outro e o gesto gentil. Me encanta o pensamento no coletivo antes do individual. O trato como sujeito e não objeto. A moderação das ideias e ideologias nas visões de mundo, afinal, todas são úteis.
Me encanta a poesia no pensamento, a beleza no coração e a verdade nos lábios de quem é solidário. O balanço de um cabelo livre das amarras da mente, das cores, da idade que reflete a cabeça aberta que os porta. Me encanta o andar firme e seguro de quem não deve nada a ninguém e a resposta pronta para quem condena. Quem luta pelo bem do mundo. Quem não se prende aos fetiches do consumo, das coisas, das modas.
Me encanta a liberdade de quem voa para dentro de si como um Concorde. A liberdade de quem pensa, não apenas sente. E pensa no bem, não no ódio. Quem sente o bom, não a maldade. Me encantam as mãos abertas e dadas. O corpo no formato que for, na cor que for, na idade que for.
Pareço exigente, mas é o mínimo que deveríamos cultivar. Apenas sinto que deveria me esforçar mais, pois estou aquém de minhas pretensões. O mundo merece sempre mais, e eu mereço ser correspondido na medida do que aprendia a ser. Apenas isso.
Crido Santos – Belo urbano, designer e professor. Acredita que o saber e o sorriso são como um mel mágico que se multiplica ao se dividir, que adoça os sentidos e a vida. Adora a liberdade, a amizade, a gentileza, as viagens, os sabores, a música e o novo. Autor do blog Os Piores Poemas do Mundo e co-autor do livro O Corrosivo Coletivo.
De conhecer gente, de conversar com as pessoas, de ajudá-las, de ouvi-las e de estar junto. Mas o que mais me encanta mesmo são as “gentes crianças”.
Me encanta poder colaborar com o desenvolvimento delas. Me encanta a pureza. Me encanta a alegria. A energia que vem delas me encanta.
Fazendo as contas são mais de 40 anos junto a elas…. Me encantando a cada dia. São filhos, alunos, sobrinhos, primos e netos. Crianças.
Me encanta saber que em algum lugar vou encontrar com elas. Mesmo que eu não as conheça, me encantam.
Me encantam quando nossos olhos se cruzam de dentro do carro, no ônibus, na rua. Me encanta o abraço quando chego ao trabalho. Me encanta receber a florzinha colhida na calçada. Me encanta o desenho caricaturado, sem perna, nem braço…E sou eu!
Me encanta a espontaneidade ao dizer que me amam ou que me acham linda. Para elas eu sou a princesa do castelo. Me encantam quando após um limite ou uma bronca, elas vem com o sorriso do agradecimento.
Criança sabe, sem saber falar. Criança sente, sem saber dizer. Criança sofre sem demonstrar. Quando estou com elas, não há problemas, nem medos. Há vida, latente…. Há vida fresca e pronta para vibrar. Há energia no ar. Há brilho no olhar.
O que me encanta também é a criança que existe dentro de cada ser humano.
Vera Lígia Bellinazzi Peres – Bela Urbana, 54 anos, casada, mãe da Bruna e do Matheus e avó do Léo, pedagoga, professora aposentada pela Prefeitura Municipal de Campinas, atualmente diretora da creche: Centro Educacional e de Assistência Social, ” Coração de Maria “
Belas Urbanas são mulheres de verdade que têm a vida corrida, que são éticas, que ajudam o próximo, transformam o mundo em um lugar melhor. Belas Urbanas fazem compras no supermercado, levam filhos no médico, se divertem com os amigos e ainda namoram.O conteúdo deste blog é composto por contos, poesias, reflexões, dicas. Enfim, tudo que faz parte do dia a dia de uma Bela Urbana contemporânea.
Os contos aqui expostos são fictícios. Queremos trazer reflexão, inspiração e diversão. Sejam muito bem-vindos.