Posted on 1 Comment

Vida que segue

A vida segue com sua majestade
Alheia a qualquer vontade
É uma menina determinada
Que parece que se arrisca
Mas no fundo ela nem pisca!
Seu olhar determinante
Foca apenas no instante
Pois seu ofício é criar
Não há tempo para lamentar…
Suas pegadas são incansáveis
E mesmo que se queira parar o tempo ou fazer com que ele voe
Os segundos vão passando
Com o nascer de cada dia
Não há tempo para pausa
De tristeza ou alegria
O passado não faz parte dos seus planos
Sua tarefa é renovar e nunca parar…
É uma estrutura perfeita e generosa
Que permeia cada ser
E que vibra o tempo todo
Com vontade de viver.

Carolina Salek Fiad – Bela Urbana de 44 anos com coração de 15. Alma que contempla a arte e acredita que o amor é o que traz sentido para a vida.
Posted on Leave a comment

Poesias urbanas e nada humanas

A vida na cidade descrições,
Detalhadas de como viver,
Em uma grande metrópole,
Incluindo o ritmo acelerado,
De culturas, desafios e todas,
As belas, urbanas e humanas.

Contendo, Fernandos, Clarisses,
Rosalvos, muito tantos e Adrianas,
A vida na cidade pode ser solitária,
A poesia urbana, chocante e tocante,
Brilhante, elegante ou embrionária,
Explorando tristeza, amor ou solidão,
Diurna ensolarada, noturna estrelada,
A poesia em belas, urbanas e humanas.

Nossa breve, longa vida humana,
Com todas suas belezas urbanas,
Com a tecnologia em conectividade,
A poesia urbana agora tem novidade,
Chega tecnológica isso é verdade,
Ideias podem deixar de serem humanas,
Mas, via I.A. presentes em localidades,
Poesia belas, urbanas e sem humanidades.

Sem o afeto e toque de pele com pele,
Humanas distantes soltas pelas cidades.
Grava o impacto do total urbanizado,
Traz para todos, os versos e a emoção,
Sem ter ninguém ao seu lado.

E, nessa arquitetura urbana,
Das belas paisagens humanas,
Com arranha-céus tocando nuvens,
Monumentos de eventos passados,
Podem no futuro ser uma fonte,
De poesia urbanas e nada humanas.

Não somente pelo “tesão” da ideia,
Ou inspiração do cardio que brada,
Poesia urbana como “essa” chega,
Para mim, como para você,
Idealizada pelo ChatGPT.

L.C. Bocatto– Belo Urbano. Diretor do Instituto IFEM – Instituto da Família Empresária. Criador da Ferramenta de Análise Científica Individual e Familiar. Formações – Mestre em Comunicação e Mercado, MBA em Controladoria, Contador, Psicanalista Terapeuta com foco em famílias e indivíduo com problemas Econômicos (perda de riquezas) e Financeiros (saldos negativos de caixa)
Posted on 3 Comments

Manifesto

PRIMEIRO, O PÃO. DEPOIS, O RESTO.

UM DIA DISSE MEU PAI:

“SEU CAMINHO É PELO CHÃO,

AQUI NÓS TEMOS CABRESTO.

MEU FILHO, CONQUISTE SEU PÃO

E SE ESQUEÇA DE TODO O RESTO”.

MAS, NÃO.

QUIS CONTRARIAR A RAZÃO,

INVENTAR UM CAMINHO A SEGUIR.

SEM ASAS, ME FIZ AVIÃO.

AOS POUCOS, COMECEI A CAIR.

PRIMEIRO,

COME-SE O PÃO,

BEBE-SE O VINHO… E A CERVEJA!

DESTRAVA-SE A COLUNA.

ALIVIA-SE A DOR.

PROTEGE-SE DO FRIO.

CONHECE-SE A EUROPA.

TIRAM-SE FOTOS

E AS EXIBEM PARA OS AMIGOS.

CORTA-SE O EXCESSO.

CORTA-SE O CABELO,

PINTAM-SE AS UNHAS.

ADQUIRE-SE CELULAR,

E DEPOIS OUTRO, MELHOR.

COLECIONAM-SE CANUDOS.

ESCOLHE-SE A CAPA DE UM LIVRO,

PARA OSTENTÁ-LO NA ESTANTE,

E PARA SERVIR DE POST.

GANHA-SE DINHEIRO,

COMPRAM-SE IMÓVEIS,

TROCA-SE DE CARRO,

CONQUISTA-SE STATUS,

E OFERECEM-SE FESTAS.

CUIDA-SE DOS FILHOS,

MIMAM-SE OS NETOS.

VAI-SE AO FUTEBOL E AO SAMBA.

VAI-SE À IGREJA, PERMUTAR COM DEUS,

E AO PAI-DE-SANTO (PARA GARANTIR).

VAI-SE AO ANALISTA,

AO MASSAGISTA,

AO PAISAGISTA, ESTETICISTA, OFTALMOLOGISTA…

IMPOSSÍVEL CONCLUIR A LISTA!

VAI-SE AO PSIQUIATRA, QUANDO TEM VAGA.

E, LÁ, GARANTE-O, COM SOBRA, O SEU GANHA-PÃO.

ADOTA-SE MAIS UM GATO,

LEVA-SE O CACHORRO PRA PASSEAR…

VERIFICA-SE O TEMPO, A DISPOSIÇÃO, A FINAL DO BIG BROTHER E AS POSTAGENS INTERESSANTES, SUBMERSAS NUM MAR DE TOLICES.

AÍ, SIM!

DEPOIS, E SÓ DEPOIS,

APRECIA-SE O INTOCÁVEL.

EIS A VERDADE BRUTAL. EIS A DEMANDA CARNAL.

POR TANTOS E TANTOS ANOS, PASSEI POR

ENSAIOS LONGOS.

POLTRONAS VAZIAS.

CENÁRIOS NO LOMBO.

DORES DORSAIS.

CONTAS QUE NÃO FECHAM.

DIRETORES INAPTOS HISTÉRICOS.

ATORES COM SEDE DE APLAUSO.

ATRIZES QUE FOGEM DE ENSAIO.

VAIDADES INCONTROLÁVEIS.

TOLOS QUE DIZEM AMAR

A ARTE QUE NUNCA FAZEM.

APRENDIZES QUE LOGO LHE ESQUECEM.

INSCRITOS QUE DESAPARECEM.

JOVENS QUE PEDEM DESCONTO.

EMPRESAS QUE PEDEM DE GRAÇA.

PLATEIAS QUE PEDEM RISADAS.

COLEGAS ROGANDO PRAGAS.

E EXPLORADORES DE PLANTÃO.

HORAS E HORAS DE PREPARO

PARA QUEM LHE DEIXA NA MÃO.

AFINAL DE CONTAS… PRIMEIRO, O PÃO!

EIS A VERDADE, AFINAL! EIS O QUE HOJE É NORMAL:

QUANDO SE SOBRA A VERSÃO

DE UM CENÁRIO SOMBRIO E FUNESTO,

TODOS GARANTEM O SEU PÃO.

NINGUÉM SE LEMBRA DO RESTO.

CANSADO DAS COISAS QUE “SÃO”,

NA GOELA, ESSE BOLO INDIGESTO,

AINDA NÃO ENCONTREI MEU PÃO,

MAS NUNCA DESISTIREI DO RESTO,

POIS É NA ENTRESSAFRA DO GRÃO,

QUE ATUA O EU-MANIFESTO.

QUEM SABE EM OUTRA ESTAÇÃO,

NUM MODO DE VIDA MODESTO,

À REGRA SE JUNTE A EXCEÇÃO

E O PÃO SE MISTURE COM O RESTO?

Por enquanto, assim é. Assim será. E desistir não é opção.

Edigar Contar – Belo Urbano, 53 anos, 36 deles dedicados às Artes Cênicas. Fundador da CPA, Contar Produções Artísticas, um espaço reservado à sensibilidade e ao desenvolvimento da linguagem artística.